O "Comunicações ou Não" é uma experiência a solo na blogosfera da área da comunicação. Como "tudo é comunicação", apesar de ser um local para reflexão sobre o mercado da comunicação, poderão existir incursões por outras áreas.

Thursday, December 23, 2010

Voltar a acreditar

Na minha tenra idade (odeio esta expressão pois faz-me lembrar talhos e afins, mas já a escrevi e não vou apagar) acreditava naquela personagem de barbas brancas e vestuário vermelho (ainda era suficientemente inocente para não saber do melhor product placement e/ou endorse da história). Porque o mesmo representava algo de bom. E não eram só as prendas associadas a essa personagem. Era todo o valor da oferta, enquanto acto de dar.

Nos dias de hoje apetece-me voltar a acreditar. Não só no Pai Natal, como num mercado em que as coisas funcionem pelo valor de cada um, em Clientes que entendam e remunerem convenientemente a nossa actividade, num mundo com pagamentos atempados (e não a 60/90/120/150/180/etc dias), num mundo em que os concursos o sejam realmente e não sirvam apenas para baixar preço à empresa actual e angariar ideias no mercado, num mundo onde a palavra crise seja o papão que utilizamos para fazer com que as crianças comam a sopa.

Eu sei que há aqui coisas que são mais difíceis de acreditar que no Pai Natal. Mas apetece-me acreditar que possam ser possíveis. Por isso, e pelo que o senhor das barbas brancas representa, continuo a querer acreditar.

A todos os leitores deste blogue, um MUITO FELIZ NATAL!!!

Thursday, December 16, 2010

Saldo do aniversário

Ontem tive a honra e privilégio de contar com a participação de sete dos bloggers que mais admiro na blogosfera nacional da área da comunicação. Foi feito um oitavo convite mas, infelizmente, não lhe foi possível contribuir. Haveria outros autores a convidar? Certamente que sim. Mas estes são os que mais acompanho e o critério foi esse. A vida é feita de escolhas e esta foi a minha.

O tema proposto para este aniversário foi a importência da blogosfera desta área para a afirmação do sector da comunicação/relações públicas. E todos os contributos foram um importante ponto de reflexão para a área. Desde os desabafos de falta de espírito de "costureira", até à pena de não haver mais profissionais a escrever e maior dinamização dos blogues existentes, passando pelo jardim das RP e pela certeza que "comunicar é preciso" e que nós, os profissionais da área, somos e deveremos ser ainda mais interventivos, tivemos sete opiniões diferentes na forma, mas com um sentido comum.

Disse-me o Ricardo Salvo, amigo de longa data e profissional de mão cheia, que "há um conjunto de blogues que lá vão conseguindo unir da forma possível o sector". É verdade. Há. Vários blogues até. Não menosprezando as opiniões pessoais de cada um e as picardias/polémicas necessárias para "apimentar" a nossa presença neste mundo, sinto que há uma vontade de unidade dos profissionais do sector. E basta ver o sucesso que a iniciativa PR After Work tem. A blogosfera do sector, por norma, reflecte essa vontade. Daí a reflexão, a pedagogia, a transmissão da experiência que é possível observar. E que ficou patente nos sete contributos publicados.

Para além do seu contributo, a Alda, o Rui, o Rodrigo e o António, ainda me presentearam com referências nos seus próprios blogues. A todos eles o meu redobrado Obrigado!

A tarefa de manter um blogue a solo nem sempre é fácil. Mas com parceiros de profissão e de blogosfera assim é fácil reunir a motivação para continuar.

Como dizia a Alda, "Escrevam mais. Os blogs são território natural das Relações Públicas. E a influência, visibilidade e relevância do sector depende muito do que os seus profissionais escrevem e partilham com o mercado."

Deste lado têm um leitor assíduo.

Wednesday, December 15, 2010

Aniversário

Como aqui disse, hoje a palavra neste blogue pertence aos meus convidados. A quem pedi que falassem sobre a importância da blogosfera da comunicação e relações públicas.

À Alda Telles, ao António Mira Marques Mendes, ao João Villalobos, ao Jorge Azevedo, ao Renato Póvoas, ao Rodrigo Saraiva e ao Rui Calafate, o meu muito obrigado! (links para os artigos nos respectivos nomes).

Rui Calafate: Toque de Midas

Quero saudar o primeiro aniversário do blog “Comunicações ou Não”, do Telmo Carrapa, que tem tido grandes posts E por este aniversário pede-me para dissertar sobre a importância e relevância da blogosfera de RP/Comunicação Nacional.

Costumo dizer que comunicação é vida. Tudo é comunicação. Por isso quando um profissional de Conselho em Comunicação se lembra de escrever e alimentar um blog tem que ter alguns cuidados.

Quem trabalha em comunicação não pode ser um péssimo comunicador. Mas sobretudo quem trabalha na nossa área tem de saber ver o filme todo. Temos que ser muito mais que o nosso umbigo.

Aliás, o que fazemos quando falamos com uma empresa, instituição ou pessoa que ajudaremos com o nosso trabalho? Vamos exactamente ajudá-los a verem muito mais do que habitualmente vêem no seu mundo que é mais fechado.

Quem trabalha em comunicação tem que ter o toque de midas, abrir horizontes, trazer um cliente para um universo mediático que muitas vezes desconhece e que nós devemos saber mostrar.

Logo, há bons e maus blogs de pessoas deste mercado da comunicação. Quais os melhores? Os que não têm orgasmos a olhar para cenários de fancaria e para o umbigo da sua empresa.

Quem cria um blog tem de ter disponibilidade para o manter, deve abordar vários temas (no nosso caso na óptica da comunicação), tem de ter voz própria, visão global dos problemas, conhecer tendências, ter cultura abrangente, dar alento e estímulo a colegas, comentários certeiros, um toque de humor e ser didáctico na partilha de conhecimentos e experiências, pois só assim estamos a interagir.

Se conseguirmos um pouco de isto tudo, vamos conseguir ser inspiradores. É que quem escreve em blogs se tiver leitores ficará com certeza muito mais satisfeito.

Nos blogs de comunicação também há a boa e a má moeda. Mas a sua importância é a que lhe quisermos dar. Se um blog dá uma notícia correcta torna-se referência, se de um blog se parte para um viral ganhamos notoriedade, se uma opinião de um blog passa para um media tradicional ganhamos credibilidade

E vejam bem: não somos nós PR que somos os mais bem colocados para trabalhar os social media? Pois bem, se um profissional de comunicação anda aqui há algum tempo e ainda não percebeu o universo onde se move então é porque tem dois problemas: não é muito inteligente e naturalmente não é por ali que vai conseguir urdir uma estratégia para uma empresa nos social media.

Por isso os blogs de comunicação são relevantes e importantes. Se forem bons o nosso mercado ganha valor, os nossos profissionais criam um corpo comum das ferramentas base para a sua profissão, cria-se um dinamismo próprio e um espírito para quem vive e vibra com o trabalho em comunicação.

Rui Calafate

Tuesday, December 14, 2010

Rodrigo Saraiva: O Telmo pediu. O Telmo tem.

E para além de ter um post, tem também os parabéns pelo 1º aniversário do blog. Prefiro dizer o 1º aniversário em vez de festeja 1 ano. Tão só porque dizer 1º pressupõe que vai continuar.

Todos os blogs que festejem uma data merecem um RESPECT! É que manter vivo um blog dá trabalho. Ainda para mais um blog de nicho. Estou certo que o Telmo, tal como todos aqueles que alimentam blogs, nos deparamos várias vezes com aquela situação de estar a olhar para o ecrã e a pensar o que postar. É que isto de ter público tem as suas exigências. E o trabalho é ainda maior quando o blog é individual. Eu, felizmente, no PiaR tenho parceiro. E mesmo assim não há alimento diário. Por isso estamos a pensar recrutar mais cérebro e músculo.

E perguntava o Telmo se isto de ter um blog ou existirem blogs sobre Comunicação / PR é importante e relevante? E respondo eu: claro que sim!

É importante para os bloggers e para o sector. É uma espécie de 1 + 1 = 2.

Para os bloggers é uma forma de se darem a conhecer. E dar a conhecer as suas opiniões e pensamentos. Para o sector é uma forma de conhecerem outros profissionais e acompanhar o que se passa. Seja tendências, notícias ou gossips.

Temos muitos blogs. Todos com o seu perfil. Somos um sector blogosférico.

Termino com um desabafo. Gostava que mais PR bloggers tivessem assumido a sua costela costureira. É que fui o único até agora!

 Rodrigo Saraiva

Renato Póvoas

É com orgulho (e algum saudosismo) que olho para trás, mais concretamente para Agosto de 2005, e vejo que fez sentido criar o primeiro blogue de Relações Públicas em Portugal. Intitulado de Relações Públicas Sem Croquete (ideia que surgiu certamente durante a degustação de um saboroso pastel de bacalhau) este é um espaço que, de forma prática, relevante e séria (mais ou menos, ok!), pretende projectar esta nossa área e os seus profissionais. No entanto, como todos sabemos, apenas a união faz a força. Por isso é com agrado que nos últimos anos tenho visto surgirem outros espaços blogosféricos que procuro acompanhar sempre que posso. Um destes casos é claramente este «Comunicações ou Não», do Telmo Carrapa.

Só posso aplaudir esta pluralidade de blogues sobre RP e Comunicação, criados nos últimos tempos por profissionais independentes ou consultoras de comunicação, e esperar que surjam mais e melhores no futuro. É fulcral que saibamos aproveitar as oportunidades e rentabilizar a favor do nosso sector as potencialidades das redes sociais e blogosfera. Devemos olhar para estas de forma objectiva mas ao mesmo tempo desinteressada. Como já referi anteriormente, não podemos olhar apenas para o nosso “quintalinho”, muitas vezes mal cuidado, e procurar vestir a camisola do sector fazendo algo útil por ele. Estudantes, profissionais, com muita ou pouca experiência, destros ou canhotos, todos seremos poucos para ajudar a valorizar esta nossa área tantas vezes maltratada em plena praça pública. Todos temos responsabilidades e antes de apontar o dedo aos outros, devemo-nos questionar se já fizemos algo esta semana pelas RP.

Aproveito então esta oportunidade para reforçar a importância de TODOS estarmos unidos pois só assim TODOS (profissionais e empresas) poderão ter um futuro mais risonho. Os blogues são certamente uma vitamina neste sentido. Faço votos então para que os actuais bloggers continuem a escrever muito e bem para que consigam cativar cada vez mais leitores e, ao mesmo tempo, que possam aparecer novos talentos com outros espaços que pela qualidade consigam firmar-se no mapa da blogosfera nacional. E não se esqueçam que esta não é uma corrida de 100 metros mas sim uma longa e muitas vezes tortuosa maratona.

Parabéns Telmo e continua!

Renato Póvoas

Jorge Azevedo

Como portugueses gostamos de falar, debater, comentar o que conhecemos e desconhecemos, verbalizar intenções. Somos um país de conversa, por vezes da treta, que se replica numa infindável lista de comentadores, especialistas de tudo e de nada. O crescimento da blogosfera nacional, o chamado “boom digital”, ajudou a promover muita gente desinteressante ao estatuto de “Senadores da Nação” mas, em simultâneo, permitiu a um conjunto de profissionais expressar os seus pontos de vista, as dúvidas, as críticas.

E o que aconteceu na área das Relações Públicas e Comunicação foi verdadeiramente estimulante. De repente passamos a ter uma nova geração que digitalmente opinava e partilhava os seus pontos de vista com profissionais de reconhecido valor. Passámos a estar todos mais próximos, mesmos aqueles que não se conheciam pessoalmente - um divertido sentimento de “falsa proximidade”. No meio de todo esta dinâmica digital, criam-se personagens e, naturalmente, cometem-se excessos (coisas da puberdade). Estes são bons tempos para trabalhar em Relações Públicas. Quem imaginaria que um dia os profissionais de comunicação estariam a...comunicar de forma livre e directa, fora da sua esfera de conforto? “Comunicações ou Não”? Como o Telmo acho que para todos nós, a resposta é e sempre foi clara: Sim, venham elas.

Jorge Azevedo

João Villalobos

Celebramos um ano de blogue da autoria de um dos melhores consultores de comunicação nacionais. Conheci-o há cerca de (...) anos, sendo os (...) anos um espaço que me recuso a preencher porque já estou como as senhoras e não gosto que façam contas à minha idade. Somos amigos sem o ser tanto como deveríamos e também vizinhos sem a proximidade que supostamente se impõe a alguéns cujas casas estão separadas por poucos metros. E, no entanto, partilhamos aquela relação de inexistente distância que só aqueles que têm laços indissociáveis conseguem ter.

Ler o que o Telmo escreve sobre aquilo de que tanto sabe é aprender. Durante este período de um ano, encontrei no Comunicações (ou Não) ocasiões várias para a aprendizagem de algo novo sobre o que achava que sabia, mas igualmente de descoberta sobre o que não sabia. Agradeço-as todas. Elevamo-nos sempre quando partilhamos do saber de quem nos rodeia. E quando podemos retribuir, mais feliz ainda é a relação que se estabelece. Comunicar é partilhar. O Telmo sabe disso e por isso insiste. Tanto neste blogue, quanto na nossa amizade.

João Villalobos

António Marques Mendes: jardim Ressano Pais (mais conhecido por jardim das (p)rosas)

há um jardim no meio da cidade onde as comadres se encontram e falam de trivialidades. e as comadres por lá se passeiam, conforme as artroses as deixam. o jardim está por vezes repleto, como se fora dia de procissão. noutros dias nem tanto, tamanho é o desalento. nos dias de canícula o jardim enche-se, e as comadres não param de falar dos seus calos e dos seus rebentos. é um jardim engraçado que mais parece de aldeia, e do muito que acontece pouco é o que se diz: a Jacinta, arrastada pelo Cocas, rafeiro de pelagem curta, não diz a ninguém que o seu homem lhe chega a casa todos os dias entornado pelo vinho, nem que a Amélia compra Tena todas as semanas. guarda para si estes apartes "que não ficam bem dizer às gentes". a Amélia odeia a Rebeca "essa espanhola desconfiada que canta à janela pela manhã". a espanhola toma normalmente um garoto lá no café do jardim e apesar de antes de chegar a esta cidade portuguesa, nunca ter saído da sua badajoz natal, fala de barcelona e de madrid, como se tivesse passado toda a sua vida no bairro gótico ou na chueca. a Filomena é a mais nova das "raparigas" daquela geração, embora já tropece por vezes na combinação e a Felismina é distraída e revela segredos sem intenção.  a Gertrudes é a Gertrudes e toda a gente lhe desculpa os truques. é um jardim igual a tantos outros da cidade. só com a diferença que a Jacinta, a Amélia, a Rebeca, a Gertrudes, a Filomena, a Felismina lhe chamam seu.

António Mira Marques Mendes

Alda Telles: Breve reflexão sobre Blogs de Relações Públicas

É com o maior gosto que participo nesta celebração do primeiro aniversário do Comunicações ou Não, um blog pessoal mas profissional onde se bebe muito da experiência e da boa reflexão do Telmo Carrapa sobre o nosso mundo das relações públicas e o enorme universo que lhe é adjacente.

Como o Telmo sugeriu o tema, óbvio, de Blogs e Relações Públicas, deixo aqui a minha visão deste canal de comunicação (que também pode ser fonte) para o nosso sector.

Pelo facto de os blogs serem um bom instrumento de RP, tendemos a encará-los exactamente como isso, um instrumento. Desde logo, porque os profissionais de RP os recomendam a alguns dos seus clientes, alimentam, monitorizam, sugerem, avaliam e propõem.

Por essa “instrumentalização”, a maioria dos blogs de RP em Portugal são escritos pelos dirigentes de agências e consultoras de comunicação. Raros são os blogs que reflectem a opinião ou o saber de uma equipa. Raros são também aqueles que, de forma sistemática, opinam, noticiam ou comentam.
(É verdade, dá trabalho e consome tempo. Mas escrever e publicar fazem parte da nossa vida).

Os blogs de PR são utilizados de forma mista para fazer opinião, reflexão ou didatismo sobre o sector, em paralelo com alguma publicidade empresarial, e de vez em quando arrebites de “self-propaganda”. Por causa destes objectivos mistos, são, em regra, os “patrões” que fazem a maioria dos conteúdos dos blogs.

São também muito poucos. Talvez não os conheça todos, mas sei que manifestamente são ainda poucos em relação ao número de empresas e profissionais no mercado. Mesmo assim, da minha amostra, concluo que os seus conteúdos versam sobre temas comuns: reflexões sobre o mercado, questões de ética, comentários a acções de comunicação, análises de tendências, dicas sobre boas práticas, alguma (muito pouca) análise de media nacional. Marginalmente, alguns blogs servem de palco a picardias entre players do mercado. E alguns até são fontes de notícias para os media tradicionais.

Outra nota comum, de tendência mais recente, é que todos tentam posicionar-se nesta rota inevitável de convergência das RP, media tradicionais e social media.

Ainda assim, por falta de tempo ou de recursos, tenho pena que os blogs de RP sejam, salvo raras excepções, pouco profícuos. E que haja tantos profissionais de qualidade que bem poderiam partilhar um pouco mais da sua experiência connosco. E tenho pena ainda que alguns blogs que foram pioneiros, e tão activos, como o da Ipsis, o da Front Page ou o do Salvador, estejam tão recatados.

Escrevam mais. Os blogs são território natural das Relações Públicas. E a influência, visibilidade e relevância do sector depende muito dos que os seus profissionais escrevem e partilham com o mercado.

E fico à espera de mais postas tua, Telmo.

Alda Telles

Aniversário (atrasado mas no prazo de validade)

Fez, dia 09, um ano que resolvi lançar-me nesta "aventura" de ter um blogue de comunicação sozinho. Depois da minha experiência no #Sem Filtro, que ajudei a criar e que, durante algum tempo também ajudei a alimentar, achei que, na sequência da minha nova fase profissional, poderia arriscar uma "carreira a solo" na blogosfera.

Mas como não sou bom com datas, nunca fui, o que por vezes tem consequências dramáticas, em vez de assinalar a data no dia correcto, resolvi adiar a comemoração para uns dias mais tarde. Sempre dá para digerir melhor a coisa...

Como disse no convite que fiz, foi um ano com com altos e baixos, posts com mais leitores e posts quase sem leitores. Foram semanas e meses com muita verborreia, foram semanas e meses quase sem produção. É assim...

E que melhor forma de comemorar o 1º aniversário do "Comunicações ou Não" (primeiro porque, como diz o Rodrigo Saraiva, significa que mais virão) do que convidar bloguers desta área que admiro? Da ideia ao convite foi um passo e deste à aceitação foi um instante.

De repente tinha a participação da Alda Telles, do António Mira Marques Mendes, do João Villalobos, do Jorge Azevedo, do Renato Póvoas, do Rodrigo Saraiva e do Rui Calafate (à hora que escrevo este prelúdio ainda mantenho a esperança de poder contar com mais uma participação que, por falta de disponibilidade ainda não pode enviar o seu texto). Que muito me honraram com a sua participação!

Como este texto já vai longo, a seguir a palavra é dos meus convidados. A todos eles o meu MUITO OBRIGADO!!!

(Por uma questão metodológica os textos serão publicados por ordem alfabética dos autores)

Amanhã

Friday, December 10, 2010

Títulos

Títulos da mesma notícia em três meios:

"Ryder Cup terá impacto brutal" - Metro.

"Impacto da Ryder Cup no turismo é o triplo do registado no Euro 2004" - Jornal de Negócios.

"Ryder Cup 2018 tem impacto económico de 550 milhões" - Diário Económico.

Ficamos a saber que a Ryder Cup terá um impacto de 550 milhões de euros que é o triplo do impacto do Euro 2004 e que é um impacto brutal. Esclarecido!

Tuesday, December 07, 2010

Produzir videos virais

Uma das grandes forças das redes sociais é ter acesso a vários tipos de conteúdos interessantes. Este chegou-me via LinkedIn. E dá uma série de dicas importantes para a produção de videos virais, que são, como sabemos, uma ferramenta poderosa de comunicação. A ver aqui.

Wednesday, November 24, 2010

Fazer notícia

A propósito do meu último post, aqui vão três vídeos que ensinam como fazer uma notícia de abertura de um jornal televisivo.

A "história" (que, admito, também pode estar deturpada, pois como podem ver no próximo vídeo, parece que houve mesmo gás pimenta):


Agora a "carga sobre os piquetes". A primeira parte das filmagens:
http://www.youtube.com/watch?v=uLNfz_I2qzc
(este vídeo não permitiu colocá-lo aqui, pelo que fica o link)

A segunda parte das mesmas filmagens:


Cada um tire as suas conclusões. Eu mantenho o que disse. O direito à greve não pode ser imposto. Deve ser consciente e voluntário. Cargas policiais sobre quem faz greve, se não estiver a colidir com outras liberdades, também é um erro, até porque dá notícia...

Bullying sindical

«Como "tudo é comunicação", apesar de ser um local para reflexão sobre o mercado da comunicação, poderão existir incursões por outras áreas.» Aviso no "header" deste blogue. Assim aqui vai uma breve reflexão sobre questões relacionadas com a Greve Geral de hoje:

Correndo o risco de ser considerado "reaccionário" e "pouco democrata" não entendo os comportamentos dos "piquetes de greve". Eu entendo e respeito o direito inalienável à greve. É uma forma de protesto legítima. Só não entendo quando esse direito inalienável se sobrepõe ao outro direito inalienável que é o direito ao trabalho.

Acabei de ouvir na rádio um responsável de um destes piquetes a dizer que é sua função "impedir ou dificultar e atrasar a saída de camiões". Por ingenuidade achava que a função dos piquetes de greve fosse manifestar publicamente a sua causa e convencer, diplomaticamente, outros trabalhadores a aderirem à mesma. Não impedir quem quer  trabalhar (por não concordar com os motivos, porque precisa mesmo de trabalhar - é um dia sem salário e sabemos que hoje isso pode ser complicado para as finanças pessoais - ou porque não pode fazer greve) de o fazer.

«A minha liberdade termina na liberdade do outro» parece não ser apanágio destes piquetes. Manifestações de força para impedir que outros possam discordar não é garantir o direito à greve. É, desculpem lá, bullying sindical.


Estou mesmo a ver...

«O mercado alvo desta plataforma são as agências de comunicação e as PME da comunidade lusófona». As agências de comunicação? Esta plataforma vai assumir-se como mais um meio onde se publicou o press release (fica sempre bem mais uma publicação no relatório de resultados...), ou é mais uma "ferramenta" de comunicação? É que se for a primeira, a agência que utilizar este expediente está desesperada. Se for a segunda, ou a plataforma tem uma audiência elevada, ou é mais um tiro ao lado. Já as PME e a questão da agregação de imagens, vídeos YouTube e o potencial de partilha em redes sociais pode ser a mais valia da coisa.

Tuesday, November 23, 2010

Pontualidade

O Luís Paixão Martins, a partir deste post da Cristina Marques Fernandes, faz a pergunta: "pode a pontualidade integrar a proposta de valor na prestação de consultoria ou no fornecimento de serviços?". Eu que detesto atrasos e que só os aceito em situações de força maior, respondo: Não pode. TEM que integrar.

Mecenas para reportagens?

Percebo a dificuldade dos meios em termos financeiros. Entendo que é necessário encontrar novas formas de financiamento para viabilizar algumas iniciativas jornalísticas. Não ponho em causa a isenção do meio (que nos habituou a essa padrão de conduta). Mas isto não arrisca criar uma promiscuidade algo perigosa entre mecenas e conteúdos publicados? Se uma determinada empresa for mecenas deste fundo encarará facilmente uma reportagem que não seja muito positiva para a sua imagem? Haverá distanciamento necessário entre empresas mecenas e conteúdos publicados? A ver vamos.

Dançar em ponta

Não sei se é bem este o termo (desculpem a ignorância mas quem gosta de "B Groselha" tem destas coisas) mas foi aquele que apareceu no Google.

Acho que o "vírus" que o Alexandre ( a quem aproveito para dar os meus parabéns pelo seu excelente post) fala não se chama "Top 3" mas sim, "dançar em ponta" . Para parecer maior do que se é na realidade. Esquece-se quem adoptou esta linha de dança que a mesma requer muito trabalho, esforço e dedicação. Não basta comprar umas sapatilhas de ponta e pôr-se em bicos de pé de vez em quando. É preciso saber aguentar a posição.

E isso, meus caros, duvido que quem anda por aí a fazê-lo consiga aguentar mais do que uns tempinhos. É como diz aqui: "Escolher dançar na ponta é uma decisão que deve ser levada a sério!".
(Quem quiser pode aproveita este último link para mais dicas. Pode ser que dê para se aguentar mais algum tempo em posição levantada...)

Friday, November 19, 2010

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra

Em Julho, a partir do post do meu amigo João Villalobos, questionava o que tinha acontecido com a comunicação do Governo. O que antes era coordenação e mensagens comuns tinha dado lugar a uma disparidade de informação e de orientações de comunicação. Agora, parece que levaram a questão da unidade de mensagem demasiado longe. Tanto que dois membros  do Governo (do mesmo Ministério, é verdade) repetem o mesmo discurso.

Como diz o Luís, põem-se a cortar nos consumos secundários e depois queixem-se. O João pergunta se alguém precisa de um assessor de imprensa. O Rui acha que é sinal de desleixo.

Eu acho que é comunicação unificada no seu melhor. Aliás, para evitar questões como a entrevista de Luís Amado e a confusão que lançou nas hostes do Governo/Partido Socialista, esta é a melhor forma, quando a boa comunicação falha, para manter um discurso único (literalmente) e mensagens-chave coerentes (sendo iguais, difícil é não serem).

Confusão, desleixo, preguiça? Nã... Coerência discursiva no seu melhor.

(Se precisarem de um ghost writer a preços acessíveis - não módicos, o endereço de mail está no canto superior direito...)

Thursday, November 11, 2010

Adeus ao Senhor do Adeus

Morreu o Senhor do Adeus. Aquele senhor que entre Saldanha e Restelo ia acenando aos carros que passavam. Morreu um marco de comunicação. Para além da presença nestes espaços, o Senhor do Adeus foi motivo de várias reportagens televisivas, peças de rádio, artigos na imprensa escrita, documentários, mais ou menos académicos.

Chamem-lhe "marketing de guerrilha". Eu chamo comunicação. Na sua forma mais pura: Criar empatia com o "seu" público. Criar laços. O Senhor do Adeus era uma "marca". Distribuia simplicidade. E a comunicação, no seu mais puro, é isto. E nós os consultores de comunicação esquecemos isto tão facilmente...

Friday, October 22, 2010

Desconheço o que é mas não me importo de ser Administrador

Gosto como se passa do desconhecimento a Administrador de um Grupo. Gosto.

À atenção de quem tiver o poder de me possibilitar essa oportunidade: Posso desde já dizer que há uma série de empresas/grupos que desconheço o que são mas das quais não desdenharei a possibilidade de ser Administrador.
("Roubado" à Alda Telles aqui)

Wednesday, October 20, 2010

Um pedido

Fez-me chegar a Carolina Enes este pedido:

"Seria possível divulgar o link para o questionário de forma a que este possa ser respondido por profissionais da área da comunicação e do jornalismo que visitem o Comunicações ou Não".

Este inquérito servirá para a angariação de informação, necessária para um mestrado em gestão estratégica das relações públicas (Escola Superior de Comunicação Social), cujo principal objectivo é estudar a percepção que jornalistas e RP's têm da sua própria profissão e da profissão do outro.

É possível sim. Aliás, já respondi ao mesmo e não demora assim tanto. Por isso, não custa nada ajudar. Ide responder. Ide.

Educação e formação

Como diz a Alda, na sua excelente análise sobre o caso que "suscitou veementes e acaloradas reacções na blogoesfera, designadamente espaços de opinião de jovens profissionais de Comunicação e Relações Públicas", "não deverá esta nuvem ser tomada por Juno, pois a comunidade académica é hoje constituída por excelentes estudiosos e defensores desta disciplina e dos seus praticantes" e "a melhor resposta que podemos dar a ameaças à reputação da profissão – e elas vêm de muitos lados, incluindo no próprio sector – é exercê-la com convicção e dignidade, assumindo os valores e deveres especiais da sua prática" (Alda dixit).

O "caso", por muito que me possa ofender enquanto profissional na área, honestamente, remeto-o para a esfera académica. E apenas para esta. Não estive lá e não conheço o contexto, pelo que não faço mais considerações, para além de concordar com o que a Alda escreveu.

E este caso faz-me retomar um tema que o Rui já abordou: A educação e/ou a formação dos profissionais do sector. É que se a questão é formação, então a minha experiência como orientador de estágios, que fui muitas vezes, permite-me fazer uma análise desta área.

Tive como estagiários (alguns que hoje são dos melhores profissionais que conheço) pessoas formadas em várias Instituições de Ensino Superior. Tive estagiários da Nova, do INP, da UAL, da ESCS e do ISCEM (acho, por acaso, que só não tive estagiários do ISCSP).

Ver agora algumas pessoas a defender a sua "dama" de formação (leia-se escola onde se formaram e/ou onde deram/dão aulas) em detrimento de outras "damas" incomoda-me.

E incomoda-me porque, de todas estas escolas, nunca achei que alguém vinha tecnicamente preparado para este meio. Uns com alguns conceitos mas sem qualquer capacidade para os aplicar, outros sem esses conceitos mas ávidos por aprender. E, confesso, prefiro estes últimos. Até para evitar ouvir, como ouvi, "foi assim que aprendi, portanto é assim que se faz", numa situação em que o ensinado estava mais ou menos certo, a aplicação do conhecimento totalmente errada.

Mas, apesar disto, acho que há recém-licenciados preparados para esta profissão. Aqueles que têm a humildade suficiente para admitir que têm um longo caminho pela frente (tal como os que já estão neste mercado à mais tempo. No dia em que achar que já não tenho nada para aprender nesta área, mudo de área...). E isso não é formação. É educação. Pode-se apurar nos bancos da Universidade mas não se aprende lá. Ou existe, ou dificilmente se adquirirá.

Por isso, não aproveitem uma infelicidade académica para menosprezar cursos em detrimento de outros. Não faz sentido. Não forma. Não educa.

(Nota: Sou licenciado em Comunicação Social pela Nova e tive como professor numa cadeira, durante alguns meses, no meio de milhentas outras, Adriano Duarte Rodrigues. Que, diga-se, foi um dos principais impulsionadores da criação de cursos de Comunicação Social/Ciências da Comunicação em Portugal...)

Friday, October 15, 2010

Hoje

Dia preenchido hoje... Ele é o PR After Work, com bar aberto. Ele é o regresso do Lugares Comuns, desta feita numa lógica de blogue "comunitário".

Em relação ao primeiro, espero que seja mais um sucesso! Ide, ide e fazei com que esteja ainda mais gente que nos anteriores. Até porque este mês tem o patrocínio que permite um bar aberto (nota à concorrência do patrocinador: se não por outro motivo mais válido, e há tantos motivos bem mais válidos, vão lá que cada bebida consumida é menos lucro a apresentar no final do ano pela empresa. E, pelo que sei, a escolha do bar foi feita por ajuste directo...).

Em relação ao segundo, é um, para alguns - nos quais me incluo, desejado regresso à blogosfera. Espero que a descoberta do Facebook não tire tempo ao LPM para escrever os seus textos no seu "novo" blogue, mas creio que com a companhia que tem, será certamente uma minha visita diária. Ao Luís, à Alda (de quem sou leitor assíduo no seu Código Fonte) e ao Manuel Falcão, o desejo de muitos e bons textos (que tenho a certeza que serão publicados).

E pronto. Creio que com este post metade da blogosfera ficou a achar que sou pró-qualquer-coisa e outra metade a achar que sou pró-outra-coisa-qualquer. A ambas as metades posso dizer que sou só pró-mercado e dinamização do mesmo.

(Nota: Gosto como o "caso" do momento que parece unir toda a classe em torno de uma causa - não há como um ataque "externo" para aproximar posições)

Wednesday, October 13, 2010

Sobre a mudança da comunicação e suas consequências

Há uns meses atrás (em Março) escrevi aqui que, na disputa pelo espaço anunciado para apenas uma grande superfície no concelho de Loulé, a Ikea estava muito melhor posicionada que o Grupo Auchan. Percebia-se isso não só pelos comentários de potenciais consumidores destas, como pela forma como o Presidente da autarquia se pronunciava sobre o assunto.

Agora leio que o Grupo Auchan acusa a autarquia de "«tratamento diferenciado e discriminatório» em relação ao IKEA", face às dificuldades que tem tido em obter respostas da Câmara Municipal face ao seu projecto. A pergunta a fazer é: Qual é a novidade?

Se eu, que estou totalmente fora do projecto, já adivinhava em Março que iria ser assim, é agora em Outubro que percebem que não irão conseguir esta localização? Independentemente da validade do projecto, depois da disputa para atrair a Ikea para o seu concelho (disputado com Faro), dificilmente Loulé iria preterir esta em relação ao Jumbo.

E bastará perceber o panorama de Loulé, com um Modelo, um Continente, um Lidl, Um Aldi, vários Pingo Doce e Ecomarché bem como o famoso Apolónia para perceber que no ramo alimentar o concelho está na via da saturação. Já uma Ikea é novidade e atrairá consumidores ao concelho. Tão simples como isso. (Aliás, deixo aqui uma sugestão: Falta a Quarteira, freguesia do concelho, supermercados de proximidade com capacidade para oferecer uma variedade de produtos e há espaços do antigo Alisuper disponíveis - Um Pão de Açúcar para esta cidade faria todo o sentido)

Tenho pena. Não porque não goste da Ikea. Mas porque, quem me conhece sabe quanto isto é verdade, sempre tive uma ligação especial com o meu ex-Cliente Auchan. Tenho pena porque, independentemente do projecto, vejo um Grupo que sempre acarinhei a perder força pública, dia após dia. Sei, pela conversa com jornalistas da área e pelo acompanhamento das notícias publicadas, que o Grupo já não é a referência que foi há poucos anos atrás.

Tenho pena em ver o património comunicacional, sobretudo no apoio a Portugal e aos portugueses, estar a desaparecer, sendo apropriado por Grupos que nunca tiveram este ponto como coluna vertebral da sua comunicação. Hoje, se alguém parar para dizer quem apoia a produção nacional e os portugueses dificilmente não dirá prontamente "Pingo Doce" (Jerónimo Martins), cuja CCO soube bem aproveitar a saída do Auchan deste património.

Não ponho em causa estratégias de comunicação. Não as conheço, como ainda menos coloco em causa decisões empresariais na mudança da linha de comunicação, incluindo mudança de empresa de consultoria de comunicação. São, como disse, decisões empresariais e temos que saber viver com as mesmas neste mercado. Mas quando, como para mim, se leva anos a acarinhar uma postura em que sempre se acreditou, tenho pena em ver este "desbaratar" de imagem. Isso tenho pena.

Como também tenho pena em perceber que situações como a agora vivida em Loulé, correm o risco de poder voltar a repetir-se. É o que dá quando deita fora uma boa estratégia de comunicação.

Não sou eu que o digo...

"O maior problema hoje com a comunicação empresarial é que os executivos, os donos de empresa, pensam que entendem de comunicação. E comunicação é uma área muito especializada, por conta do momento histórico de crescimento das forças de produção. Na era que se convencionou chamar de pós-modernidade, as pessoas estão muito atentas aos discursos produzidos pelas empresas. É preciso ter profissionais que entendam de comunicação, que estudem o assunto. Comunicação não é para quem quer, é para quem pode trabalhar com ela."

...foi quem escreveu esta entrada na Wikipédia que o disse. Limitei-me a reproduzir aqui.

Tuesday, October 12, 2010

Imaginem isto no nosso mercado

Era a guerra (física) declarada. Mas que era giro, digam lá que não era.



Retirado daqui (alguns já conhecia, outros não os acho nada de mais mas há alguns, como o da UNICEF em Nova Iorque que são geniais).

Provocação(zinha)

Nos tão badalados prémios da APECOM falta a categoria "Consultor de Comunicação Lado B do Ano". Era a oportunidade de alguns poderem subir ao palco...

Pausas

Este blog esteve em "stand by" no último mês. Neste período muito se passou no sector, com polémicas, contra-polémicas e afins, com entrevistas, artigos e muita actividade no Facebook, com acusações, contra-acusações, vinganças, bocas e mais afins.

Confesso que tive alguma dificuldade, passado este tempo, em conseguir ficar totalmente a par do que se passou e do que muito se escreveu, não só na blogosfera como no Face.

Pelo que li não me parece que tenha sido um período saudável para o sector. Se a expressão "em casa de ferreiro, espeto de pau" tem alguma relevância no geral, neste sector parece que se aplica como uma luva. Daquelas que são feitas à medida.

Enfim. Agora tirei o botão da pausa.

Thursday, September 30, 2010

Nota para (parte d)o mercado

"Somos donos dos nossos silêncios e escravos das nossas palavras".

Monday, September 06, 2010

Sugestão (ou o Valor da RP IV)

O Jorge levantou a questão, a partir de um episódio que já me aconteceu várias vezes (por isso ter relutância em assumir como profissão "relações públicas"). O Rodrigo sugeriu um PRSA (não está mal...) e o Jorge, voltando à questão, reflecte sobre o que poderia ser feito para valorizar o  sector.

Não querendo desvalorizar qualquer dos inputs dos meus companheiros de jornada, em vez de implementar uma campanha para nos diferenciarmos daqueles que dizem que são "relações públicas" que tal convencermos os mesmos que a sua profissão é uma "coisa" chique e "supé-in" que nos EUA (esse país "supé à frente") chamam publicist?

Eu sei. Eu sei que é perigoso colar este título a quem quer que faça o que estas pessoas dizem que fazem. Porque ser publicist está muito perto daquilo que muitos de nós por vezes faz. Mas é um termo que ainda não foi apropriado por ninguém no nosso mercado. E como não tem quaisquer conotações no mesmo, então é uma oportunidade para nos livrarmos deste "karma".

Se conseguissemos que os que trabalham "em discotecas" (como perguntaram à colega do Jorge) e afins adoptassem esta designação, então teríamos o termo Relações Públicas "livre" para o nosso sector. E poderíamos, finalmente, assumir a designação internacionalmente reconhecida, sem termos que nos justificarmos permanentemente.

Vamos lá dizer a esta gente que não é relações públicas. Que é um termo démodé (old-fashioned). São publicists. Que é muito mais giro. Tão giro que até a Samantha do Sexo e a Cidade, se assume como tal.

Friday, September 03, 2010

...

Porque a vida é mais do que as tricas e afins deste mercado, gostava de enviar um abraço especial para uma pessoa neste momento mais delicado. Creio que a pessoa, se ler este post, saberá que este abraço sentido é para si (como nos tratamos por tu, este abraço  é para ti - força).

Thursday, August 26, 2010

Milongas*

Quem me conhece pessoalmente sabe que não sou grande adepto do acto de dançar. Há quem me chame o verdadeiro "pé de chumbo", o que não sendo absolutamente verdade, também não é de todo mentira. Mas, sobretudo, gosto de dançar ao som de música que gosto e, preferencialmente, música por mim escolhida. São manias. E esta é uma das minhas. Não sou de dançar músicas de que não gosto. Se não gosto, não danço. Simples.

Mas sou coerente. Ou pelo menos tento. O que significa que não gosto de dançar ao som dos hits do momento, passando do pop/rock para o tango e voltando ao pop/rock só porque esse é o som que dá mais jeito no momento. Ou, em português vernáculo, não sou um "vira-casacas".

Porque os "vira casacas", aqueles que fazem vida associando-se por falta de convicção pessoal a quem mais convém no momento, têm um percurso erróneo. Invertem, revertem e vertem a sua estratégia, as suas alianças e quejandos por instinto de sobrevivência. Mas, como alguém me disse um dia, "quem se concentra na sobrevivência, acaba por não saber viver". Eu prefiro viver. Desculpem lá qualquer coisinha.

É que gosto de assistir a milongas. Gosto. Mas não me peçam para participar nas mesmas. Como disse, infelizmente, nestes casos o pé de chumbo tende a pesar.



*"São chamados milongas os bailes onde se dança o Tango e, por extensão, aos locais onde esses bailes se realizam" (in Wilipédia)

Monday, August 23, 2010

Mine's bigger than yours...

Este blog esquece a discussão do momento. É de propósito. Não tenho paciência para discussões sobre tamanhos. Nunca tive. Parece-me a discussão sobre a potência dos carros de cada um. E sobre isso toda a gente sabe o que se diz...


Com excepção deste, os restantes rankings não me interessam.

Freguesia

Gosto de Clientes. Dos com "C" maiúsculo. Daqueles de que o António fala. Mas mais. Para além de "boas pessoas, honestas, valorosas, que honram a sua palavra e que, já agora, pagam a horas" (António dixit), daqueles que sabem o que é uma parceria. Daqueles que respeitam a opinião do consultor e que quando discordam fazem-no com argumentos sustentados. Daqueles que não começam a frase com "o cliente aqui sou eu, por isso...". Porque estes, não são Clientes. São fregueses. E se o Cliente tem sempre razão, já o freguês...

Thursday, August 12, 2010

Escrever e falar

Diz a Alda, e muito bem, que "quem não sabe escrever não sabe pensar". Mas esta frase fez-me pensar que escrever já não é o único problema dos assessores/consultores.

Custa-me dizer isto, mas nos últimos tempos tenho-me deparado com consultores mais júniores que, no seu dia-a-dia de trabalho, utilizam frequentemente expressões como "brutal", "iá", "tipo" e "disse a ele". E não só entre colegas de trabalho (o que já era mau), como com jornalistas, parceiros e Clientes.

Não querendo que se caia no exagero do Medialecto (pode parecer mentira mas já trabalhei com uma pessoa que fazia "gala" em falar e escrever assim, achando que quem não o fazia não utilizava bem o português...), como questão de comunicação, é preciso adequar a linguagem ao contexto onde nos encontramos inseridos. E convenhamos que a utilização deste tipo de expressões passa bem nos círculos de amigos mas que destoa num ambiente onde a salvaguarda do bom português deve ser assegurada.

Serve esta nota para não ter que pessoalmente "dizer a eles" (os acima referidos consultores júniores - atenção que não são todos, há muitos "júniores" a dar-nos lições de bom português): cuidado com a Língua.

Tuesday, August 10, 2010

"5 à Sec" na comunicação?

Partindo da polémica do momento no mercado do Reino Unido, o Salvador considera, e a meu ver bem, que o tema merece ser debatido. Devem ou não as empresas de consultoria de comunicação trabalhar com Clientes controversos, neste caso com países que desrespeitam os direitos humanos?

Apesar de achar que os consultores de comunicação (e as empresas) devem ter consciência social e que, em último caso, podem mesmo assumir a recusa de um determinado trabalho com base numa "objecção de consciência", a realidade é que nunca recusei trabalhar um qualquer Cliente. É verdade que nunca tive pela frente um destes países como Cliente. Também é verdade que o termo "mercenário" (para não falar de outros menos próprios e que não posso colocar aqui neste espaço) já me chegou aos ouvidos várias vezes...

Mas sempre considerei que qualquer Cliente, à semelhança da advocacia, deve ter direito à defesa da sua imagem. E que, independentemente das razões para a crítica, há sempre um outro lado da história. E esse lado também merece ser contado. Isso não implica uma total ausência de sentido moral e ético. Antes pelo contrário.

É que comunicação séria não é cosmética. Não basta maquilhar e retocar os aspectos menos positivos. Comunicação séria implica, muitas vezes, alterações genuínas no Cliente. E muitas vezes a acção da consultoria de comunicação leva a resultados na forma de ser e de estar dos Clientes, contribuindo para comportamentos socialmente louváveis. Basta ver a diferença entre Greenwash e Desenvolvimento Sustentável e o papel da consultoria de comunicação nesta mudança.

E depois há sempre o soberano mercado para penalizar as empresas de consultoria de comunicação que não entendem isto. Não me esqueço que numa empresa do início da minha carreira me davam várias vezes o exemplo de uma empresa de comunicação multinacional que sendo líder do mercado norte-americano aceitou trabalhar com uma instituição religiosa considerada "pouco transparente". Apesar da grande facturação que obteve deste Cliente, a empresa desceu do primeiro para o 10º lugar no ranking deste mercado, pois os restantes Clientes não quiseram ficar associados a esta empresa de comunicação.

Na ganância de trabalhar a reputação/imagem/credibilidade de um grande Cliente a empresa descurou a sua. E isso, no fim do dia (médio/longo prazo), é mais importante que os números que, de manhã (imediato), se apresentam aos accionistas. Ou, coloquialmente, ninguém confia numa lavandaria cujos empregados apresentam nódoas nas suas camisas...

Adenda: Uma excelente reflexão sobre este assunto aqui.

Para além do flashmob

Através do João Cândido da Silva no Elevador da Bica cheguei a este site com algumas mostras de criatividade com impacto. Dá para mostrar que é possível fazer coisas muito boas sem ter que se recorrer ao sempre "inovador" flashmob...

Monday, August 09, 2010

Já vou atrasado mas muito a tempo

Para dar os parabéns ao Renato que ontem teve direito a croquete! Que os teus textos continuem a animar o sector.

Thursday, August 05, 2010

Gostar de Eventos

O EventLover é um blog sobre organização de eventos. Mas é muito mais que isso. É um espaço com muitas dicas sobre o assunto e, destaco, sobre motivação de equipas. Com pena por haver uma série de clips de filmes dobrados em português do Brasil (gosto mais de ouvir a vozes originais), vale a pena ver. Com este é dos blogs sobre eventos a consultar para quem acha, eu acho, que um evento é mais que fazer "tchan" e dar uma série de croquetes aos convidados.

Tuesday, August 03, 2010

Uma pequena pausa para refrescar

Quem me conhece sabe que sou um fã de publicidade. Porque, entre muitas outras características/funções, a publicidade descomprime.

Como está calor, muito calor, lembrei-me deste filme, criado pelos meus ex-colegas da Brandia Central, mais um dos excelentes trabalhos produzidos por aquela equipa.

Gosto particularmente da assinatura do filme: "Não sejas ovelha, bebe B! Groselha - o lado B! da vida".



Informação retirada do site Sumol + Compal:
"Vivemos no lado B! da vida. Por oposição ao lado "A" dos formalismos, da rotina e dos horários.
Somos pelo sonho, pela evasão, pela paixão, pelo fazer o que nos dá na real gana. Só entra no lado B! da vida malta activa, informada, sonhadora e aventureira, divertida, com humor, positiva e optimista, de espírito saudável, extrovertidos, boa onda e com opinião própria!"

Monday, August 02, 2010

Verão quentinho

Em resposta ao Rodrigo, quando escrevi isto não tinha em mente um Verão quente (ou pelo menos um Agosto quente) como o que parece que está a começar.

Que a blogosfera do sector está a revelar um aquecimento no mesmo, isso está. Não me vou pronunciar agora sobre mais uma polémica. Não me apetece. Está calor e isso tolda-me um bocado o pensamento...

Apenas saudo o anunciado regresso que começa logo com uma das versões mais interessantes de uma música do Bob Dylan que conheço.

Friday, July 30, 2010

Shift happens

Qual a proposta de valor de uma agência de comunicação? A verdadeira proposta de valor, aquela que os Clientes estão dispostos a pagar? Apesar de a podermos maquilhar da forma que mais nos apetecer, a resposta é "Influência". O objectivo final de um projecto de comunicação é, no final, termos influenciado determinada percepção e, no final, decisão. Seja uma decisão administrativa, seja de consumo.

Só que os mecanismos de influência estão a mudar. Por isso, cada vez mais, várias empresas de consultoria de comunicação estão a revestir as suas propostas de valor de coisas como "reputação", "public engagement", etc.. Não é mais que a percepção que o velho chavão de "I know people who knows people", está a perder o peso que lhe é associado. Porque a sociedade está a mudar e os mecanismos de influência estão a "democratizar-se".

Estudos internacionais indicam-nos que o consumidor, ou melhor, o cidadão comum, está cada vez mais informado, procura cada vez mais informação e que confia mais na informação que lhe é dada por fontes que consideram mais próximas que por fontes cuja origem desconhecem. O tão conhecido "word of mouth" ganha, nesta sociedade de informação massiva, um novo fôlego.

E os decisores começam a redirigir os seus holofotes para estas novas formas de comunicar. É inevitável que o façam. Sob o risco de estarem a falar para um auditório vazio. E os consultores de comunicação têm que perceber que este shift está a acontecer.

A "influência" já não é dada só por quem conhecemos naquela instituição, naquele meio de comunicação social. A influência, mesmo junto destes públicos-alvo, depende cada vez mais da capacidade de mobilização para um determinado objectivo. Que deverá ser partilhado por cada vez mais gente.

Influência e mobilização passam a ser dois binómios na mesma equação. E às ferramentas, mecanismos e métodos tradicionais (public affairs, media relations e afins) teremos que adicionar outros. Não é só uma questão de moda ou de querer parecer up to date. É uma questão de interagir com a sociedade.

Os opinion leaders já não são apenas alguns comentadores que têm um espaço privilegiado num qualquer meio de comunicação social. Os opinion leaders são, cada vez mais, o nosso vizinho do lado, o nosso amigo, aquela pessoa cuja opinião valorizamos e com a qual, por norma, concordamos. Talvez sempre tenha sido assim mas agora essa pessoa tende a ter uma maior audiência, relevância e influência.

Não sou futurologista, nem ambiciono ser. Sou realista. Sei que para manter a verdadeira proposta de valor teremos que perceber que os mecanismos de influência estão a mudar. E que é preciso acompanhar essa mudança, sob o risco de perder a nossa influência mais importante: A que temos junto dos nossos Clientes.

Thursday, July 29, 2010

Grande verdade

O desabafo de um dia mau revela uma grande verdade. O Return on Ego é mesmo uma das medidas mais valorizadas por muitos Clientes neste mercado.

Faz-me lembrar a história de um Cliente de uma agência de publicidade que se queixava que uma rede de outdoors contratada para uma campanha da sua empresa era muito má, pois ele não via nenhum dos "seus" outdoors no caminho que fazia diariamente de casa para o trabalho e do trabalho para casa...

Wednesday, July 28, 2010

Parabéns a você...

Num ano em que quase todos os Grupos de Distribuição Moderna em Portugal se lembraram que fazem anos (Auchan/Pão de Açúcar/Jumbo - 40; Jerónimo Martins/Pingo Doce - 30; Sonae/Continente - 25; Lidl - 15), o Governo resolveu dar como prenda isto. Parabéns a você...

(Nota: Como alguém ligado à comunicação em Distribuição Moderna há mais de 14 anos, defendia esta medida há muito tempo. Achei piada a esta "onda" de comemoração dos aniversários das cadeias de distribuição. Só isso)

Monday, July 26, 2010

PREC - Public Relations Em Crescimento

É sempre uma honra ser "linkado". Quando esse link é feito num Word of Mouth do PiaR, numa interrupção momentânea de uma sabática prolongada, mais ainda.

No entanto, não me parece que os citados no primeiro parágrafo do texto estejam a fomentar uma luta DE classes. Parece-me mais uma luta PELA classe. Afinal, quer o Rui, quer o Renato também estão em lugares de administradores de empresas de consultoria de comunicação. Só este escriba, que como "agente livre" que se dá ao luxo de escrever o que lhe passa pela cabeça, foge, de momento, à classificação.

Quando defendemos mais acção é precisamente na defesa da qualificação dos profissionais. Na consolidação de um sentimento comum que agregue toda a classe profissional que, como consequência, permita a sustentabilidade das boas empresas. Por isso o realçar das vantagens de iniciativas como o PR After Work. Porque se constituiu um espaço de encontro informal, onde se trocam opiniões, experiências e vivências.

Acredito que é possível dinamizar mais o sector. Começando por quem nele trabalha, seja administrador de empresas ou colaborador das mesmas. No fundo, sejamos de empresas maiores ou de empresas de dimensão mais "confortável", todos queremos que a oferta seja coincidente com os parâmetros da procura referidos na "luta de classes".

É que se "sem boas empresas não haverá lugar para bons (ou medíocres) consultores de comunicação", também é verdade que sem bons consultores de comunicação não é possível construir boas empresas.  E como nós gostamos de boas empresas!

Monday, July 19, 2010

desGoverno

Perguntava o meu amigo João Villalobos a 07 de Maio "Vocês estão doidos ou foram substituídos por incompetentes? É que sempre vos admirei pela eficácia, assim de longe. Foram uns e agora são outros? Dava-me jeito saber.", a propósito do episódio dos gravadores da Sábado. 

De facto, concordando ou não com o rumo político, é raro o consultor de comunicação que não admirasse a coordenação da comunicação do XVII Governo Constitucional. Ele era coordenação ao mais alto nível (com excepção de alguns Ministros que parecia gozarem de uma liberdade mais alargada), ele era spin na altura certa, normalmente muito bem feito.

Agora, como diz o João, parece que os bons profissionais foram substituídos. Se não, como explicar isto e tudo o que levou a tal? Como é possível que um Governo que ainda não tem um ano de trabalho tenha tão graves falhas na coordenação da sua comunicação, tendo Ministros a falar da área de outros Ministros?

E eu que, profissionalmente, até admirava o trabalho anteriormente realizado...

Associando

Depois deste post, já destacado pelo Rui e pelo Rodrigo mas bem comentado pelo Renato, acho que a "provocação" deverá ter follow on.

Concordo com o Renato (que não tive o prazer de conhecer pessoalmente devido a problemas com o trânsito lisboeta) quando diz que é necessário mais acção e menos associações. A dispersão de associações, à qual se juntaria a tal que foi falada no PR After Work, não dá coesão ao sector. Faz com que falemos a várias vozes, por vezes discordantes, sem que se tenha uma Voz suficientemente forte para promover o mercado e dar-lhe a credibilidade com que todos deveríamos viver.

Mas é preciso, e isso parece-me óbvio, mais acção. O PR After Work, essa excelente iniciativa do PiaR, é sintoma disso. Quem lá vai percebe o quanto os profissionais de consultoria de comunicação sentiam falta de um "espaço/tempo" onde se podem encontrar, conhecer, falar, discutir, em suma, conviver com outros profissionais, longe das polémicas do dia-a-dia do mercado.

Como diz o Renato, este espaço informal já fez mais pelos profissionais em dois meses que muitas asssociações em vários anos. Não estamos a falar de encontros para receber prémios e falar mal de quem recebe e porque recebe. Estamos a falar de encontros onde, sem as "amarras" da concorrência (mais ou menos sã), se discute o sector, se ri das polémicas que marcam o sector, se desenvolve o sentido de pertença a um sector que se quer essencial para o desenvolvimento económico.

É que, sejamos sinceros, por muito que nos possam divertir as polémicas do sector, normalmente assumidas pelos "donos" das empresas, há mais vida para além dessas polémicas. Mais que não seja, há a vida dos consultores que trabalham no sector. E que querem ver a sua profissão dignificada.

Uma Associação dos profissionais de Consultoria de Comunicação não viria resolver esse gap. Como diz o Renato, facilmente poderia ser mais um "quintal" a defender os produtos plantados no mesmo. Não é isso que se pretende. Deseja-se, isso sim, que o sector possa afirmar-se, defendendo quem trabalha no mesmo, dignificando uma profissão que, por muito que muitos não o queiram, é cada vez mais essencial no mundo empresarial.

Não quero com isto atacar as associações existentes. Fazem falta e já fizeram muito pela dignificação do sector. Mas quero apelar a mais acção. A mais iniciativas, visíveis, que marquem o sector pela positiva. O mercado exige-o. Os profissionais do sector querem-no.

Não faz sentido mais um "quintal". Mas também já chega de ver a luta pela defesa da sua "marquise" que vamos vendo por este mercado fora.

Friday, July 16, 2010

Dicas

A partir do Facebook cheguei a um Open Forum onde encontrei vários artigos com conselhos para blogues e para comunicação com blogues. Nem sei porquê mas das várias coisas que li, destaco este que me parece pertinente: "DON'T continually post back and forth in regard to a negative post or complaint. This can push your blog higher in search engine rankings, but the complaint or negative post would take the stage."

Mais dicas aqui, aqui e aqui. Eu sei que não serão novidade para muita gente, mas também sei que há por aí muito consultor de comunicação que nem estas pequenas regras conhece.

Mais uma volta, mais um sucesso

Voltou a ser um sucesso o PR After Work. Não contabilizei (dizem que não sou bom a fazer contas...), mas pareceu-me que teve ainda mais gente que o primeiro. Foi mais uma oportunidade para rever pessoas, conhecer novas, ouvir as últimas do mercado, comentar as polémicas do momento, enfim, conviver com quem partilha as angústias, sucessos e rotinas do dia-a-dia deste sector.

À malta do PiaR os meus parabéns pela iniciativa. Cá ficamos à espera da próxima edição.

(Ideia ouvida ao final da tarde: "Era engraçado criar uma Associação dos Profissionais de Consultoria de Comunicação", "mas isso é a APCE", "não, esta seria só dos profissionais, sem empresas. A APCE inclui as empresas, seria a conjugação desta Associação com a APECOM." - E com esta pequena nota aqui se abre o espaço para a discussão...) 

Thursday, July 15, 2010

A bem da afirmação do sector

A reportagem era sobre a (re)descoberta de Angola pelos empresários portugueses. O Rui e o Alexandre já se pronunciaram sobre o assunto. Destacando aquilo que merece ser destacado. O facto de um consultor de comunicação ter sido o destaque num artigo do New York Times, um jornal de referência para todo o Mundo (pelo menos para aqueles que se interessam pelo Mundo).

Falando "facebookês", independentemente dos "likes" ou "unlikes" que o António Cunha Vaz tenha no mercado nacional, o facto é que afirmou a consultoria em comunicação portuguesa no mercado internacional, afirmando o sector e a sua importância estratégica no mundo empresarial.

Não deixa de ser sintomático um meio de comunicação social com o prestígio do New York Times destacar um profissional da consultoria de comunicação, longe das paranónias conspirativas que, de tempos a tempos, parecem assolar a comunicação social nacional.

Como diz o Rui no seu post, "é um sinal de importância para nós, de perdermos o complexo de inferioridade e de menoridade junto de outros sectores. Se não fôssemos importantes, se não vendessemos influência e poder, não nos vinham contratar. (...) A notícia do António Cunha Vaz dá força ao sector e é uma pedrada no charco para quem se acha menor. Eu, nunca me achei. Os outros, que passem ao ataque." Não podia concordar mais.

É, como diria um "sabático da blogosfera nacional", um daqueles movimentos que "puxa o mercado para cima".

Wednesday, July 14, 2010

Experiência e transparência

Trabalho nesta área desde 1995. Ou desde 1994, se considerar o estágio curricular como copy numa agência de publicidade. Como diria o Guterres "ah... seis vezes três, dezoito, ah... pois... ah... enfim, é fazer a conta...", no meu caso, "2010 menos 1995, ou 1994, dá... ah... 15 ou 16 anos, se considerar o estágio curricular".

Pois. Tenho estes anos de experiência. Válida. Sobretudo a parte dos 15 anos que são reais. Entrei para a Unimagem em 1995, para trabalhar - já tinha feito o estágio curricular (sim, já ando nestas andanças há algum tempo - chiça que os anos não perdoam...).

Mas perdoam muita gente que por aí anda. Ou não. Tenho visto por aí pessoas que apresentam também 15 anos, ou mais, como experiência profissional. Até aí tudo bem. Há muita gente que tem muito mais anos de experiência profissional que eu. 

O que mais me surpreende são pessoas, algumas das quais conheço pessoalmente, que andavam nos bancos da faculdade quando eu já andava a trabalhar neste mercado, a apresentarem os tais 15 anos de experiência. Bom, eu também achei que a Faculdade me deu muito trabalho. Mas resolvi não incluir esses anos como experiência profissional. Não me pareceu bem.

Outras há que se fizermos contas à idade e à experiência profissional que apresentam, concluímos que começaram a trabalhar neste meio com 17 anos. Não é exploração infantil, mas convenhamos que não foi muito ético da parte das empresas em "exlorar" estes jovens.

Ou será que incluiram na sua experiência os trabalhos de férias ou os part-times como promotor(a) em eventos? É contacto com o público. Isso é verdade. Pode até dizer-se que é "relações públicas". Mas é experiência neste mercado? Aí já tenho as minhas dúvidas. Pequenas dúvidas, mas dúvidas.

Custa assim tanto não florear o currículo com anos fictícios de experiência? Eu sei que dá valor no mercado, mas é assim tão necessário inflaccionar os anos de trabalho? É que se torna mais difícil parecer mais jovem (o eterno objectivo da sociedade ocidental) apresentando essa quantidade de anos de trabalho.

Só me falta ver alguém que com 20 anos de idade diga que tem 20 anos de experiência profissional. Viver pode ser uma experiência tramada. Mas daí a ser experiência profissional vai um passo. Um pequeno passo, eu sei. Mas um passo...

Tuesday, July 13, 2010

Agradecimentos

Pois é. Devia dar os parabéns. Mas não dou. Em vez disso, gostava de agradecer ao PiaR pelos seus dois anos de existência. Agradecer ao Rodrigo e ao Alexandre pelos incentivos, pelos ensinamentos, pelas provocações. Mas acima de tudo por terem agitado e dinamizado a blogosfera da comunicação em Portugal. Que venham de lá muitos mais anos que estamos aqui para voltar a agradecer.

E, já agora, uma nota mais pessoal. Gostava também de agradecer ao Rui pela muito simpática nota no It´s PR Stupid! Como lhe disse e ao Rodrigo, às vezes saem-me coisas destas... ;-)

Monday, July 12, 2010

Gestores iPad

Numa conversa com amigos, verdadeiros especialistas e entusiastas da área, perguntei-lhes qual, na realidade, era a verdadeira utilidade do iPad? É um gadget. Um gadget bonito e interessante mas é um gadget, responderam-me. Poderá evoluir para uma série de aplicações úteis mas neste momento não passa disso. Ok. Com a palavra dos especialistas fiquei mais convencido do que antes era apenas uma suspeita. Não quer com isto dizer que, se tivesse dinheiro para esbanjar, não me tentaria ser o feliz proprietário de um exemplar. Para quê? Para o utilizar como gadget, pois então...

Vem isto a propósito do quê? Na verdade de nada de especial. Apenas da constatação de que há por aí uma série de gestores iPad. Apostam nas novidades mas sem sustentação. Querem estar na linha da frente mas nunca criaram bases sustentadas para poderem apresentar-se como verdadeiramente inovadores.

O gestor iPad gosta de gadgets. Sobretudo de iPads. E gosta tanto que acha que tem que os vender a todos os seus Clientes, Fornecedores e Colaboradores. Para se fazer parte da equipa iPad tem que se ter um. iPad, entenda-se. Mas o gestor iPad não sabe porquê. Não sabe para quê. Não sabe como. Apenas tem que ser. E quem questiona o gestor iPad é considerado conservador. Bota de elástico mesmo. Ou, mangas de alpaca.

É gadget, o gestor iPad. Pode até ter algum interesse mas não tem utilidade válida para o negócio. É vazio, sem conteúdo para além de umas quantas aplicações interessantes. Por si só não vale nada. Não sabe do negócio. Não sabe de estratégia. Não sabe de consultoria. Não sabe aplicar a inovação para além da sua ostentação. Mas fica bem. Fica bem levar o seu iPad para as reuniões. Mesmo que depois se divirta a imitar as suas crianças que apenas sabem brincar com algumas das aplicação do gadget.

Aplicações que no gestor iPad são frases feitas. Ouvidas ou lidas num momento de distração e que passam a ser verdades absolutas. Aplicações essenciais para o funcionamento. Ele são expressões de gestão, fora de contexto pois então. Ele são buzzwords, sem qualquer fundamento ou aplicação. Ele são inovações que se têm que aplicar, mesmo que isso não sirva, de todo, os interesses estratégicos dos Clientes.

Não gosto de gestores iPad. O gestor iPad é como o telemóvel que toca na sala de cinema, no momento de emoção do filme. Incomoda, irrita e só diz qualquer coisa a uma pessoa, o seu dono.

E é pena. Pois, como já disse, eu até gosto de gadgets. Mesmo do iPad. Só que, à semelhança deste, só estou disponível para gastar aquilo que me parece razoável para o ter. O mesmo que os Clientes pensam dos gestores iPad...

Thursday, July 08, 2010

Mais do que para os consultores de comunicação

Excelente post do Alexandre! Já o Rui e o António o disseram, pelo que não estou a dizer nada de novo. Não querendo criar cisões num dos blogues que acompanho diariamente, parece-me que, com textos destes, o verdadeiro "pedagogo" é mesmo o Alexandre... ;-)

Mas, como o António desafiava, o tema merece ser aprofundado. Não só pelo Alexandre, como por todos nós, profissionais de consultoria de comunicação que temos a "ousadia" de escrever para "memória futura" o quanto gostaríamos que o mercado evoluísse.

O Alexandre tem toda a razão: "A consultoria de excelência, seja em qualquer área, tem que ser desempenhada por bons e talentosos profissionais. No caso concreto das Public Relations, só há "grandes" agências com grandes profissionais."

Ou, como gosto de dizer, o que as agências "vendem" é conhecimento e capacidade intelectual dos seus colaboradores. Sem bons colaboradores ficam na agência quatro paredes, instalações mais ou menos bonitas, melhor ou pior equipadas, um estacionário e uma identidade visual muito bonita e a "rasgar" e a total incapacidade de responder aos desafios dos Clientes, sobretudo em tempos tão exigentes como os que vivemos.

"Da mesma maneira que os consultores não se definem por aquilo que dizem que são, mas sim por aquilo que fazem, também as consultoras não se devem hierarquizar por aquilo que apregoam, mas sim por aquilo que pagam aos seus colaboradores e pelas condições (materiais e humanas) que lhes dão como factor de valorização enquanto recurso vital para o negócio.", diz o Alexandre. Não podia concordar mais.

A questão remuneratória é importante. Muito importante, convenhamos. Mas não é a única. Ou, se virmos por outro prisma, mais que a questão da remuneração importa a questão da justiça da mesma. Faz sentido que existam agências que têm os colaboradores mais produtivos e que mais rendem às mesmas no lugar do fundo da sua lista de remunerações? Faz sentido exigir-se a quem "dá ao litro" (passe a expressão) que dê ainda mais, para compensar quem não liga nenhuma ao estado da empresa, não faz nada de especial e que ganha mais, muitas vezes o dobro?

E aqui volto a uma questão que me é preciosa. A liderança. Um bom líder combate estas injustiças. Um bom líder tem que ter a capacidade de elogiar publicamente quem se destaca e a coragem de punir quem merece sê-lo. E, por muito difícil que seja, o despedimento justificado é uma punição que por vezes tem que ser tomada. Mas o que faz um mau líder? Pressiona quem faz bem para fazer mais, dando descanso a quem já pouco faz. E é isso que cria as tensões desnecessárias para a evolução da empresa. É premiar a incompetência, algo que me tira do sério...

Mas a valorização não se faz apenas pela remuneração. Faz-se também pelos pequenos incentivos que não custam muito mas que fazem a diferença. Não posso pagar mais? Então dou uns dias de férias extra. O trabalho está a ser extraordinário? Promovo o colaborador. Dou-lhe novas responsabilidades, novos incentivos.

Conheço boas agências que sabem valorizar o seu capital humano. Destas, pelo que conheço, gostaria de destacar aquelas que com pouco tempo de existência já fazem a diferença na forma de estar no mercado (chamo-lhes os "jovens lobos", no bom sentido do termo). Ou aquelas que com muito tempo de existência, graças a novas lideranças, souberam dar a volta à situação.

Por isso o título deste post. O post do Alexandre é mais do que para os consultores de comunicação. É uma chamada de atenção para os líderes das empresas de consultoria de comunicação. Acreditem. Uma empresa sem bons e bem motivados consultores não passa de um espaço vazio.

Tuesday, July 06, 2010

Ética no Facebook

Há uns tempos vi um vídeo que mostrava uns padrões éticos a ter no Facebook. Mas eram dirigidos às relações pessoais, nomeadamente as amorosas. Em relação a questões de reconhecimento da autoria não me lembro de ter visto ou lido qualquer coisa sobre o assunto.

No entanto, a questão levanta-se. De tal forma que o próprio Facebook coloca à disposição dos utilizadores uma opção que permite identificar de quem se partilhou um determinado vídeo. Nem todos os utilizadores usam essa opção. Eu uso. Acho que é no mínimo correcto que se há alguém que se deu ao trabalho de pesquisar um vídeo e o colocar no Facebook que lhe seja reconhecido o esforço.

Mas no caso dos posts não há essa opção. Ninguém impede que uma pessoa faça "copy-paste" de um post e o coloque no seu perfil. Até aí tudo bem. Mas não seria, no mínimo, educado, dizer de quem se copiou esse post? Acho que sim.

Vem esta reflexão a propósito de ter visto, no espaço de dois dias, dois posts meus no Facebook serem copiados por amigos, sem qualquer referência à sua autoria. Como foram amigos meus, não me chateou. Mas fiquei a pensar no assunto.

Ao contrário da blogosfera, nomeadamente a da comunicação, onde, por norma, são feitas as devidas referências à fonte original (quando vamos buscar informação a outro lugar), no Facebook parece que essa "regra" não impera. Antes pelo contrário. No entanto, seja um post elaboradíssimo de mais de 5.000 caracteres (no blog), seja um post com pouco mais de 140 caracteres (no Facebook), existe alguém que se deu ao trabalho de pensar num texto. Existe alguém que se deu ao trabalho de o escrever. Existe alguém que se lembrou de o partilhar com a sua rede.

Não seria cordial que quem o copia fizesse uma referência ao seu autor original? Porque estamos numa rede social, o que lá está é património de todos? Pela minha parte, vou continuar a assumir a origem da partilha. Mesmo que o original não seja da pessoa de quem copiei (mas isso já é problema do "copião" antes de mim).