O "Comunicações ou Não" é uma experiência a solo na blogosfera da área da comunicação. Como "tudo é comunicação", apesar de ser um local para reflexão sobre o mercado da comunicação, poderão existir incursões por outras áreas.

Friday, October 22, 2010

Desconheço o que é mas não me importo de ser Administrador

Gosto como se passa do desconhecimento a Administrador de um Grupo. Gosto.

À atenção de quem tiver o poder de me possibilitar essa oportunidade: Posso desde já dizer que há uma série de empresas/grupos que desconheço o que são mas das quais não desdenharei a possibilidade de ser Administrador.
("Roubado" à Alda Telles aqui)

Wednesday, October 20, 2010

Um pedido

Fez-me chegar a Carolina Enes este pedido:

"Seria possível divulgar o link para o questionário de forma a que este possa ser respondido por profissionais da área da comunicação e do jornalismo que visitem o Comunicações ou Não".

Este inquérito servirá para a angariação de informação, necessária para um mestrado em gestão estratégica das relações públicas (Escola Superior de Comunicação Social), cujo principal objectivo é estudar a percepção que jornalistas e RP's têm da sua própria profissão e da profissão do outro.

É possível sim. Aliás, já respondi ao mesmo e não demora assim tanto. Por isso, não custa nada ajudar. Ide responder. Ide.

Educação e formação

Como diz a Alda, na sua excelente análise sobre o caso que "suscitou veementes e acaloradas reacções na blogoesfera, designadamente espaços de opinião de jovens profissionais de Comunicação e Relações Públicas", "não deverá esta nuvem ser tomada por Juno, pois a comunidade académica é hoje constituída por excelentes estudiosos e defensores desta disciplina e dos seus praticantes" e "a melhor resposta que podemos dar a ameaças à reputação da profissão – e elas vêm de muitos lados, incluindo no próprio sector – é exercê-la com convicção e dignidade, assumindo os valores e deveres especiais da sua prática" (Alda dixit).

O "caso", por muito que me possa ofender enquanto profissional na área, honestamente, remeto-o para a esfera académica. E apenas para esta. Não estive lá e não conheço o contexto, pelo que não faço mais considerações, para além de concordar com o que a Alda escreveu.

E este caso faz-me retomar um tema que o Rui já abordou: A educação e/ou a formação dos profissionais do sector. É que se a questão é formação, então a minha experiência como orientador de estágios, que fui muitas vezes, permite-me fazer uma análise desta área.

Tive como estagiários (alguns que hoje são dos melhores profissionais que conheço) pessoas formadas em várias Instituições de Ensino Superior. Tive estagiários da Nova, do INP, da UAL, da ESCS e do ISCEM (acho, por acaso, que só não tive estagiários do ISCSP).

Ver agora algumas pessoas a defender a sua "dama" de formação (leia-se escola onde se formaram e/ou onde deram/dão aulas) em detrimento de outras "damas" incomoda-me.

E incomoda-me porque, de todas estas escolas, nunca achei que alguém vinha tecnicamente preparado para este meio. Uns com alguns conceitos mas sem qualquer capacidade para os aplicar, outros sem esses conceitos mas ávidos por aprender. E, confesso, prefiro estes últimos. Até para evitar ouvir, como ouvi, "foi assim que aprendi, portanto é assim que se faz", numa situação em que o ensinado estava mais ou menos certo, a aplicação do conhecimento totalmente errada.

Mas, apesar disto, acho que há recém-licenciados preparados para esta profissão. Aqueles que têm a humildade suficiente para admitir que têm um longo caminho pela frente (tal como os que já estão neste mercado à mais tempo. No dia em que achar que já não tenho nada para aprender nesta área, mudo de área...). E isso não é formação. É educação. Pode-se apurar nos bancos da Universidade mas não se aprende lá. Ou existe, ou dificilmente se adquirirá.

Por isso, não aproveitem uma infelicidade académica para menosprezar cursos em detrimento de outros. Não faz sentido. Não forma. Não educa.

(Nota: Sou licenciado em Comunicação Social pela Nova e tive como professor numa cadeira, durante alguns meses, no meio de milhentas outras, Adriano Duarte Rodrigues. Que, diga-se, foi um dos principais impulsionadores da criação de cursos de Comunicação Social/Ciências da Comunicação em Portugal...)

Friday, October 15, 2010

Hoje

Dia preenchido hoje... Ele é o PR After Work, com bar aberto. Ele é o regresso do Lugares Comuns, desta feita numa lógica de blogue "comunitário".

Em relação ao primeiro, espero que seja mais um sucesso! Ide, ide e fazei com que esteja ainda mais gente que nos anteriores. Até porque este mês tem o patrocínio que permite um bar aberto (nota à concorrência do patrocinador: se não por outro motivo mais válido, e há tantos motivos bem mais válidos, vão lá que cada bebida consumida é menos lucro a apresentar no final do ano pela empresa. E, pelo que sei, a escolha do bar foi feita por ajuste directo...).

Em relação ao segundo, é um, para alguns - nos quais me incluo, desejado regresso à blogosfera. Espero que a descoberta do Facebook não tire tempo ao LPM para escrever os seus textos no seu "novo" blogue, mas creio que com a companhia que tem, será certamente uma minha visita diária. Ao Luís, à Alda (de quem sou leitor assíduo no seu Código Fonte) e ao Manuel Falcão, o desejo de muitos e bons textos (que tenho a certeza que serão publicados).

E pronto. Creio que com este post metade da blogosfera ficou a achar que sou pró-qualquer-coisa e outra metade a achar que sou pró-outra-coisa-qualquer. A ambas as metades posso dizer que sou só pró-mercado e dinamização do mesmo.

(Nota: Gosto como o "caso" do momento que parece unir toda a classe em torno de uma causa - não há como um ataque "externo" para aproximar posições)

Wednesday, October 13, 2010

Sobre a mudança da comunicação e suas consequências

Há uns meses atrás (em Março) escrevi aqui que, na disputa pelo espaço anunciado para apenas uma grande superfície no concelho de Loulé, a Ikea estava muito melhor posicionada que o Grupo Auchan. Percebia-se isso não só pelos comentários de potenciais consumidores destas, como pela forma como o Presidente da autarquia se pronunciava sobre o assunto.

Agora leio que o Grupo Auchan acusa a autarquia de "«tratamento diferenciado e discriminatório» em relação ao IKEA", face às dificuldades que tem tido em obter respostas da Câmara Municipal face ao seu projecto. A pergunta a fazer é: Qual é a novidade?

Se eu, que estou totalmente fora do projecto, já adivinhava em Março que iria ser assim, é agora em Outubro que percebem que não irão conseguir esta localização? Independentemente da validade do projecto, depois da disputa para atrair a Ikea para o seu concelho (disputado com Faro), dificilmente Loulé iria preterir esta em relação ao Jumbo.

E bastará perceber o panorama de Loulé, com um Modelo, um Continente, um Lidl, Um Aldi, vários Pingo Doce e Ecomarché bem como o famoso Apolónia para perceber que no ramo alimentar o concelho está na via da saturação. Já uma Ikea é novidade e atrairá consumidores ao concelho. Tão simples como isso. (Aliás, deixo aqui uma sugestão: Falta a Quarteira, freguesia do concelho, supermercados de proximidade com capacidade para oferecer uma variedade de produtos e há espaços do antigo Alisuper disponíveis - Um Pão de Açúcar para esta cidade faria todo o sentido)

Tenho pena. Não porque não goste da Ikea. Mas porque, quem me conhece sabe quanto isto é verdade, sempre tive uma ligação especial com o meu ex-Cliente Auchan. Tenho pena porque, independentemente do projecto, vejo um Grupo que sempre acarinhei a perder força pública, dia após dia. Sei, pela conversa com jornalistas da área e pelo acompanhamento das notícias publicadas, que o Grupo já não é a referência que foi há poucos anos atrás.

Tenho pena em ver o património comunicacional, sobretudo no apoio a Portugal e aos portugueses, estar a desaparecer, sendo apropriado por Grupos que nunca tiveram este ponto como coluna vertebral da sua comunicação. Hoje, se alguém parar para dizer quem apoia a produção nacional e os portugueses dificilmente não dirá prontamente "Pingo Doce" (Jerónimo Martins), cuja CCO soube bem aproveitar a saída do Auchan deste património.

Não ponho em causa estratégias de comunicação. Não as conheço, como ainda menos coloco em causa decisões empresariais na mudança da linha de comunicação, incluindo mudança de empresa de consultoria de comunicação. São, como disse, decisões empresariais e temos que saber viver com as mesmas neste mercado. Mas quando, como para mim, se leva anos a acarinhar uma postura em que sempre se acreditou, tenho pena em ver este "desbaratar" de imagem. Isso tenho pena.

Como também tenho pena em perceber que situações como a agora vivida em Loulé, correm o risco de poder voltar a repetir-se. É o que dá quando deita fora uma boa estratégia de comunicação.

Não sou eu que o digo...

"O maior problema hoje com a comunicação empresarial é que os executivos, os donos de empresa, pensam que entendem de comunicação. E comunicação é uma área muito especializada, por conta do momento histórico de crescimento das forças de produção. Na era que se convencionou chamar de pós-modernidade, as pessoas estão muito atentas aos discursos produzidos pelas empresas. É preciso ter profissionais que entendam de comunicação, que estudem o assunto. Comunicação não é para quem quer, é para quem pode trabalhar com ela."

...foi quem escreveu esta entrada na Wikipédia que o disse. Limitei-me a reproduzir aqui.

Tuesday, October 12, 2010

Imaginem isto no nosso mercado

Era a guerra (física) declarada. Mas que era giro, digam lá que não era.



Retirado daqui (alguns já conhecia, outros não os acho nada de mais mas há alguns, como o da UNICEF em Nova Iorque que são geniais).

Provocação(zinha)

Nos tão badalados prémios da APECOM falta a categoria "Consultor de Comunicação Lado B do Ano". Era a oportunidade de alguns poderem subir ao palco...

Pausas

Este blog esteve em "stand by" no último mês. Neste período muito se passou no sector, com polémicas, contra-polémicas e afins, com entrevistas, artigos e muita actividade no Facebook, com acusações, contra-acusações, vinganças, bocas e mais afins.

Confesso que tive alguma dificuldade, passado este tempo, em conseguir ficar totalmente a par do que se passou e do que muito se escreveu, não só na blogosfera como no Face.

Pelo que li não me parece que tenha sido um período saudável para o sector. Se a expressão "em casa de ferreiro, espeto de pau" tem alguma relevância no geral, neste sector parece que se aplica como uma luva. Daquelas que são feitas à medida.

Enfim. Agora tirei o botão da pausa.