O "Comunicações ou Não" é uma experiência a solo na blogosfera da área da comunicação. Como "tudo é comunicação", apesar de ser um local para reflexão sobre o mercado da comunicação, poderão existir incursões por outras áreas.

Thursday, August 26, 2010

Milongas*

Quem me conhece pessoalmente sabe que não sou grande adepto do acto de dançar. Há quem me chame o verdadeiro "pé de chumbo", o que não sendo absolutamente verdade, também não é de todo mentira. Mas, sobretudo, gosto de dançar ao som de música que gosto e, preferencialmente, música por mim escolhida. São manias. E esta é uma das minhas. Não sou de dançar músicas de que não gosto. Se não gosto, não danço. Simples.

Mas sou coerente. Ou pelo menos tento. O que significa que não gosto de dançar ao som dos hits do momento, passando do pop/rock para o tango e voltando ao pop/rock só porque esse é o som que dá mais jeito no momento. Ou, em português vernáculo, não sou um "vira-casacas".

Porque os "vira casacas", aqueles que fazem vida associando-se por falta de convicção pessoal a quem mais convém no momento, têm um percurso erróneo. Invertem, revertem e vertem a sua estratégia, as suas alianças e quejandos por instinto de sobrevivência. Mas, como alguém me disse um dia, "quem se concentra na sobrevivência, acaba por não saber viver". Eu prefiro viver. Desculpem lá qualquer coisinha.

É que gosto de assistir a milongas. Gosto. Mas não me peçam para participar nas mesmas. Como disse, infelizmente, nestes casos o pé de chumbo tende a pesar.



*"São chamados milongas os bailes onde se dança o Tango e, por extensão, aos locais onde esses bailes se realizam" (in Wilipédia)

Monday, August 23, 2010

Mine's bigger than yours...

Este blog esquece a discussão do momento. É de propósito. Não tenho paciência para discussões sobre tamanhos. Nunca tive. Parece-me a discussão sobre a potência dos carros de cada um. E sobre isso toda a gente sabe o que se diz...


Com excepção deste, os restantes rankings não me interessam.

Freguesia

Gosto de Clientes. Dos com "C" maiúsculo. Daqueles de que o António fala. Mas mais. Para além de "boas pessoas, honestas, valorosas, que honram a sua palavra e que, já agora, pagam a horas" (António dixit), daqueles que sabem o que é uma parceria. Daqueles que respeitam a opinião do consultor e que quando discordam fazem-no com argumentos sustentados. Daqueles que não começam a frase com "o cliente aqui sou eu, por isso...". Porque estes, não são Clientes. São fregueses. E se o Cliente tem sempre razão, já o freguês...

Thursday, August 12, 2010

Escrever e falar

Diz a Alda, e muito bem, que "quem não sabe escrever não sabe pensar". Mas esta frase fez-me pensar que escrever já não é o único problema dos assessores/consultores.

Custa-me dizer isto, mas nos últimos tempos tenho-me deparado com consultores mais júniores que, no seu dia-a-dia de trabalho, utilizam frequentemente expressões como "brutal", "iá", "tipo" e "disse a ele". E não só entre colegas de trabalho (o que já era mau), como com jornalistas, parceiros e Clientes.

Não querendo que se caia no exagero do Medialecto (pode parecer mentira mas já trabalhei com uma pessoa que fazia "gala" em falar e escrever assim, achando que quem não o fazia não utilizava bem o português...), como questão de comunicação, é preciso adequar a linguagem ao contexto onde nos encontramos inseridos. E convenhamos que a utilização deste tipo de expressões passa bem nos círculos de amigos mas que destoa num ambiente onde a salvaguarda do bom português deve ser assegurada.

Serve esta nota para não ter que pessoalmente "dizer a eles" (os acima referidos consultores júniores - atenção que não são todos, há muitos "júniores" a dar-nos lições de bom português): cuidado com a Língua.

Tuesday, August 10, 2010

"5 à Sec" na comunicação?

Partindo da polémica do momento no mercado do Reino Unido, o Salvador considera, e a meu ver bem, que o tema merece ser debatido. Devem ou não as empresas de consultoria de comunicação trabalhar com Clientes controversos, neste caso com países que desrespeitam os direitos humanos?

Apesar de achar que os consultores de comunicação (e as empresas) devem ter consciência social e que, em último caso, podem mesmo assumir a recusa de um determinado trabalho com base numa "objecção de consciência", a realidade é que nunca recusei trabalhar um qualquer Cliente. É verdade que nunca tive pela frente um destes países como Cliente. Também é verdade que o termo "mercenário" (para não falar de outros menos próprios e que não posso colocar aqui neste espaço) já me chegou aos ouvidos várias vezes...

Mas sempre considerei que qualquer Cliente, à semelhança da advocacia, deve ter direito à defesa da sua imagem. E que, independentemente das razões para a crítica, há sempre um outro lado da história. E esse lado também merece ser contado. Isso não implica uma total ausência de sentido moral e ético. Antes pelo contrário.

É que comunicação séria não é cosmética. Não basta maquilhar e retocar os aspectos menos positivos. Comunicação séria implica, muitas vezes, alterações genuínas no Cliente. E muitas vezes a acção da consultoria de comunicação leva a resultados na forma de ser e de estar dos Clientes, contribuindo para comportamentos socialmente louváveis. Basta ver a diferença entre Greenwash e Desenvolvimento Sustentável e o papel da consultoria de comunicação nesta mudança.

E depois há sempre o soberano mercado para penalizar as empresas de consultoria de comunicação que não entendem isto. Não me esqueço que numa empresa do início da minha carreira me davam várias vezes o exemplo de uma empresa de comunicação multinacional que sendo líder do mercado norte-americano aceitou trabalhar com uma instituição religiosa considerada "pouco transparente". Apesar da grande facturação que obteve deste Cliente, a empresa desceu do primeiro para o 10º lugar no ranking deste mercado, pois os restantes Clientes não quiseram ficar associados a esta empresa de comunicação.

Na ganância de trabalhar a reputação/imagem/credibilidade de um grande Cliente a empresa descurou a sua. E isso, no fim do dia (médio/longo prazo), é mais importante que os números que, de manhã (imediato), se apresentam aos accionistas. Ou, coloquialmente, ninguém confia numa lavandaria cujos empregados apresentam nódoas nas suas camisas...

Adenda: Uma excelente reflexão sobre este assunto aqui.

Para além do flashmob

Através do João Cândido da Silva no Elevador da Bica cheguei a este site com algumas mostras de criatividade com impacto. Dá para mostrar que é possível fazer coisas muito boas sem ter que se recorrer ao sempre "inovador" flashmob...

Monday, August 09, 2010

Já vou atrasado mas muito a tempo

Para dar os parabéns ao Renato que ontem teve direito a croquete! Que os teus textos continuem a animar o sector.

Thursday, August 05, 2010

Gostar de Eventos

O EventLover é um blog sobre organização de eventos. Mas é muito mais que isso. É um espaço com muitas dicas sobre o assunto e, destaco, sobre motivação de equipas. Com pena por haver uma série de clips de filmes dobrados em português do Brasil (gosto mais de ouvir a vozes originais), vale a pena ver. Com este é dos blogs sobre eventos a consultar para quem acha, eu acho, que um evento é mais que fazer "tchan" e dar uma série de croquetes aos convidados.

Tuesday, August 03, 2010

Uma pequena pausa para refrescar

Quem me conhece sabe que sou um fã de publicidade. Porque, entre muitas outras características/funções, a publicidade descomprime.

Como está calor, muito calor, lembrei-me deste filme, criado pelos meus ex-colegas da Brandia Central, mais um dos excelentes trabalhos produzidos por aquela equipa.

Gosto particularmente da assinatura do filme: "Não sejas ovelha, bebe B! Groselha - o lado B! da vida".



Informação retirada do site Sumol + Compal:
"Vivemos no lado B! da vida. Por oposição ao lado "A" dos formalismos, da rotina e dos horários.
Somos pelo sonho, pela evasão, pela paixão, pelo fazer o que nos dá na real gana. Só entra no lado B! da vida malta activa, informada, sonhadora e aventureira, divertida, com humor, positiva e optimista, de espírito saudável, extrovertidos, boa onda e com opinião própria!"

Monday, August 02, 2010

Verão quentinho

Em resposta ao Rodrigo, quando escrevi isto não tinha em mente um Verão quente (ou pelo menos um Agosto quente) como o que parece que está a começar.

Que a blogosfera do sector está a revelar um aquecimento no mesmo, isso está. Não me vou pronunciar agora sobre mais uma polémica. Não me apetece. Está calor e isso tolda-me um bocado o pensamento...

Apenas saudo o anunciado regresso que começa logo com uma das versões mais interessantes de uma música do Bob Dylan que conheço.