O "Comunicações ou Não" é uma experiência a solo na blogosfera da área da comunicação. Como "tudo é comunicação", apesar de ser um local para reflexão sobre o mercado da comunicação, poderão existir incursões por outras áreas.

Wednesday, November 24, 2010

Fazer notícia

A propósito do meu último post, aqui vão três vídeos que ensinam como fazer uma notícia de abertura de um jornal televisivo.

A "história" (que, admito, também pode estar deturpada, pois como podem ver no próximo vídeo, parece que houve mesmo gás pimenta):


Agora a "carga sobre os piquetes". A primeira parte das filmagens:
http://www.youtube.com/watch?v=uLNfz_I2qzc
(este vídeo não permitiu colocá-lo aqui, pelo que fica o link)

A segunda parte das mesmas filmagens:


Cada um tire as suas conclusões. Eu mantenho o que disse. O direito à greve não pode ser imposto. Deve ser consciente e voluntário. Cargas policiais sobre quem faz greve, se não estiver a colidir com outras liberdades, também é um erro, até porque dá notícia...

Bullying sindical

«Como "tudo é comunicação", apesar de ser um local para reflexão sobre o mercado da comunicação, poderão existir incursões por outras áreas.» Aviso no "header" deste blogue. Assim aqui vai uma breve reflexão sobre questões relacionadas com a Greve Geral de hoje:

Correndo o risco de ser considerado "reaccionário" e "pouco democrata" não entendo os comportamentos dos "piquetes de greve". Eu entendo e respeito o direito inalienável à greve. É uma forma de protesto legítima. Só não entendo quando esse direito inalienável se sobrepõe ao outro direito inalienável que é o direito ao trabalho.

Acabei de ouvir na rádio um responsável de um destes piquetes a dizer que é sua função "impedir ou dificultar e atrasar a saída de camiões". Por ingenuidade achava que a função dos piquetes de greve fosse manifestar publicamente a sua causa e convencer, diplomaticamente, outros trabalhadores a aderirem à mesma. Não impedir quem quer  trabalhar (por não concordar com os motivos, porque precisa mesmo de trabalhar - é um dia sem salário e sabemos que hoje isso pode ser complicado para as finanças pessoais - ou porque não pode fazer greve) de o fazer.

«A minha liberdade termina na liberdade do outro» parece não ser apanágio destes piquetes. Manifestações de força para impedir que outros possam discordar não é garantir o direito à greve. É, desculpem lá, bullying sindical.


Estou mesmo a ver...

«O mercado alvo desta plataforma são as agências de comunicação e as PME da comunidade lusófona». As agências de comunicação? Esta plataforma vai assumir-se como mais um meio onde se publicou o press release (fica sempre bem mais uma publicação no relatório de resultados...), ou é mais uma "ferramenta" de comunicação? É que se for a primeira, a agência que utilizar este expediente está desesperada. Se for a segunda, ou a plataforma tem uma audiência elevada, ou é mais um tiro ao lado. Já as PME e a questão da agregação de imagens, vídeos YouTube e o potencial de partilha em redes sociais pode ser a mais valia da coisa.

Tuesday, November 23, 2010

Pontualidade

O Luís Paixão Martins, a partir deste post da Cristina Marques Fernandes, faz a pergunta: "pode a pontualidade integrar a proposta de valor na prestação de consultoria ou no fornecimento de serviços?". Eu que detesto atrasos e que só os aceito em situações de força maior, respondo: Não pode. TEM que integrar.

Mecenas para reportagens?

Percebo a dificuldade dos meios em termos financeiros. Entendo que é necessário encontrar novas formas de financiamento para viabilizar algumas iniciativas jornalísticas. Não ponho em causa a isenção do meio (que nos habituou a essa padrão de conduta). Mas isto não arrisca criar uma promiscuidade algo perigosa entre mecenas e conteúdos publicados? Se uma determinada empresa for mecenas deste fundo encarará facilmente uma reportagem que não seja muito positiva para a sua imagem? Haverá distanciamento necessário entre empresas mecenas e conteúdos publicados? A ver vamos.

Dançar em ponta

Não sei se é bem este o termo (desculpem a ignorância mas quem gosta de "B Groselha" tem destas coisas) mas foi aquele que apareceu no Google.

Acho que o "vírus" que o Alexandre ( a quem aproveito para dar os meus parabéns pelo seu excelente post) fala não se chama "Top 3" mas sim, "dançar em ponta" . Para parecer maior do que se é na realidade. Esquece-se quem adoptou esta linha de dança que a mesma requer muito trabalho, esforço e dedicação. Não basta comprar umas sapatilhas de ponta e pôr-se em bicos de pé de vez em quando. É preciso saber aguentar a posição.

E isso, meus caros, duvido que quem anda por aí a fazê-lo consiga aguentar mais do que uns tempinhos. É como diz aqui: "Escolher dançar na ponta é uma decisão que deve ser levada a sério!".
(Quem quiser pode aproveita este último link para mais dicas. Pode ser que dê para se aguentar mais algum tempo em posição levantada...)

Friday, November 19, 2010

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra

Em Julho, a partir do post do meu amigo João Villalobos, questionava o que tinha acontecido com a comunicação do Governo. O que antes era coordenação e mensagens comuns tinha dado lugar a uma disparidade de informação e de orientações de comunicação. Agora, parece que levaram a questão da unidade de mensagem demasiado longe. Tanto que dois membros  do Governo (do mesmo Ministério, é verdade) repetem o mesmo discurso.

Como diz o Luís, põem-se a cortar nos consumos secundários e depois queixem-se. O João pergunta se alguém precisa de um assessor de imprensa. O Rui acha que é sinal de desleixo.

Eu acho que é comunicação unificada no seu melhor. Aliás, para evitar questões como a entrevista de Luís Amado e a confusão que lançou nas hostes do Governo/Partido Socialista, esta é a melhor forma, quando a boa comunicação falha, para manter um discurso único (literalmente) e mensagens-chave coerentes (sendo iguais, difícil é não serem).

Confusão, desleixo, preguiça? Nã... Coerência discursiva no seu melhor.

(Se precisarem de um ghost writer a preços acessíveis - não módicos, o endereço de mail está no canto superior direito...)

Thursday, November 11, 2010

Adeus ao Senhor do Adeus

Morreu o Senhor do Adeus. Aquele senhor que entre Saldanha e Restelo ia acenando aos carros que passavam. Morreu um marco de comunicação. Para além da presença nestes espaços, o Senhor do Adeus foi motivo de várias reportagens televisivas, peças de rádio, artigos na imprensa escrita, documentários, mais ou menos académicos.

Chamem-lhe "marketing de guerrilha". Eu chamo comunicação. Na sua forma mais pura: Criar empatia com o "seu" público. Criar laços. O Senhor do Adeus era uma "marca". Distribuia simplicidade. E a comunicação, no seu mais puro, é isto. E nós os consultores de comunicação esquecemos isto tão facilmente...