Excelente post do Alexandre! Já o Rui e o António o disseram, pelo que não estou a dizer nada de novo. Não querendo criar cisões num dos blogues que acompanho diariamente, parece-me que, com textos destes, o verdadeiro "pedagogo" é mesmo o Alexandre... ;-)
Mas, como o António desafiava, o tema merece ser aprofundado. Não só pelo Alexandre, como por todos nós, profissionais de consultoria de comunicação que temos a "ousadia" de escrever para "memória futura" o quanto gostaríamos que o mercado evoluísse.
O Alexandre tem toda a razão: "A consultoria de excelência, seja em qualquer área, tem que ser desempenhada por bons e talentosos profissionais. No caso concreto das Public Relations, só há "grandes" agências com grandes profissionais."
Ou, como gosto de dizer, o que as agências "vendem" é conhecimento e capacidade intelectual dos seus colaboradores. Sem bons colaboradores ficam na agência quatro paredes, instalações mais ou menos bonitas, melhor ou pior equipadas, um estacionário e uma identidade visual muito bonita e a "rasgar" e a total incapacidade de responder aos desafios dos Clientes, sobretudo em tempos tão exigentes como os que vivemos.
"Da mesma maneira que os consultores não se definem por aquilo que dizem que são, mas sim por aquilo que fazem, também as consultoras não se devem hierarquizar por aquilo que apregoam, mas sim por aquilo que pagam aos seus colaboradores e pelas condições (materiais e humanas) que lhes dão como factor de valorização enquanto recurso vital para o negócio.", diz o Alexandre. Não podia concordar mais.
A questão remuneratória é importante. Muito importante, convenhamos. Mas não é a única. Ou, se virmos por outro prisma, mais que a questão da remuneração importa a questão da justiça da mesma. Faz sentido que existam agências que têm os colaboradores mais produtivos e que mais rendem às mesmas no lugar do fundo da sua lista de remunerações? Faz sentido exigir-se a quem "dá ao litro" (passe a expressão) que dê ainda mais, para compensar quem não liga nenhuma ao estado da empresa, não faz nada de especial e que ganha mais, muitas vezes o dobro?
E aqui volto a uma questão que me é preciosa. A liderança. Um bom líder combate estas injustiças. Um bom líder tem que ter a capacidade de elogiar publicamente quem se destaca e a coragem de punir quem merece sê-lo. E, por muito difícil que seja, o despedimento justificado é uma punição que por vezes tem que ser tomada. Mas o que faz um mau líder? Pressiona quem faz bem para fazer mais, dando descanso a quem já pouco faz. E é isso que cria as tensões desnecessárias para a evolução da empresa. É premiar a incompetência, algo que me tira do sério...
Mas a valorização não se faz apenas pela remuneração. Faz-se também pelos pequenos incentivos que não custam muito mas que fazem a diferença. Não posso pagar mais? Então dou uns dias de férias extra. O trabalho está a ser extraordinário? Promovo o colaborador. Dou-lhe novas responsabilidades, novos incentivos.
Conheço boas agências que sabem valorizar o seu capital humano. Destas, pelo que conheço, gostaria de destacar aquelas que com pouco tempo de existência já fazem a diferença na forma de estar no mercado (chamo-lhes os "jovens lobos", no bom sentido do termo). Ou aquelas que com muito tempo de existência, graças a novas lideranças, souberam dar a volta à situação.
Por isso o título deste post. O post do Alexandre é mais do que para os consultores de comunicação. É uma chamada de atenção para os líderes das empresas de consultoria de comunicação. Acreditem. Uma empresa sem bons e bem motivados consultores não passa de um espaço vazio.
Thursday, July 08, 2010
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