Este post do Rui provocou uma discussão interessante no Facebook. Não admira. O "provocador" disse o que muita gente deste mercado pensa mas que não tem coragem de assumir publicamente.
No Facebook muita gente concordou com o Rui. Mas o meu amigo José Franco acha que o mercado é soberano e que saberá fazer a distinção entre agências de consultoria de comunicação e as famigeradas pessoas que se assumem como "relações públicas". Um certo mercado "instruído" talvez. O restante já não sei.
Vejamos: Uma empresa quer fazer uma acção, idêntica às outras mil já feitas, em que convida uma série de gente que se acha famosa, para poder aparecer nas revistas e programas do "social". O que a impede de contratar directamente uma dessas "relações públicas" para "assessorar" a dita acção? Dir-me-ão que se o fizer através de uma agência, "compra" também a consultoria de comunicação. Mas acham que o cliente não "instruído" saberá que isso é uma mais-valia? Se o objectivo é apenas sair naqueles espaços, acham que está preocupado com as mensagens-chave certas, o posicionamento e a imagem correctas que resultam dessa acção?
É por essas e por outras razões que concordo com o Rui. Acho que em Portugal é preciso fazer uma clara distinção entre consultoria de comunicação e relações públicas. Eu faço. Basta que me perguntem o que é que faço na vida. Se disser em Portugal que sou "relações públicas" duvido que acharão que apareço nas revistas do "social" por ter sido "apanhado" numa situação mais ou menos embaraçosa. Mas sei que do outro lado ficarão a achar que trabalho numa discoteca/bar qualquer, ou, como me aconteceu algumas vezes, acharão que sou animador de um qualquer hotel.
Por isso, "relações públicas", infelizmente, só no estrangeiro. Onde associam a profissão ao que nós, os profissionais deste mercado em Portugal, fazemos.
Monday, July 05, 2010
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1 comment:
Caro Telmo, concordo em absoluto. Lembro-me mt bem da 1ª aula na faculdade, o professor nos dizer que se queríamos ir para porteiros da discoteca, então não valia a pena ali estarmos. O que é certo é que esta simples frase ficou-me na retina e pude comprovar mais tarde que sem dúvida a profissão de Relações Públicas, no nosso país não é mt bem vista, e não raras vezes confundida com a função de receber pessoas num qualquer espaço nocturno. Será que não é possível defender a profissão através de instrumentos legais, ou através de um associativismo mais empenhado. Penso que os verdadeiros profissionais da área gostariam que a situação fosse alterada, e é sempre bom quando alguém alerta para este facto. Cumps
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