Numa conversa com amigos, verdadeiros especialistas e entusiastas da área, perguntei-lhes qual, na realidade, era a verdadeira utilidade do iPad? É um gadget. Um gadget bonito e interessante mas é um gadget, responderam-me. Poderá evoluir para uma série de aplicações úteis mas neste momento não passa disso. Ok. Com a palavra dos especialistas fiquei mais convencido do que antes era apenas uma suspeita. Não quer com isto dizer que, se tivesse dinheiro para esbanjar, não me tentaria ser o feliz proprietário de um exemplar. Para quê? Para o utilizar como gadget, pois então...
Vem isto a propósito do quê? Na verdade de nada de especial. Apenas da constatação de que há por aí uma série de gestores iPad. Apostam nas novidades mas sem sustentação. Querem estar na linha da frente mas nunca criaram bases sustentadas para poderem apresentar-se como verdadeiramente inovadores.
O gestor iPad gosta de gadgets. Sobretudo de iPads. E gosta tanto que acha que tem que os vender a todos os seus Clientes, Fornecedores e Colaboradores. Para se fazer parte da equipa iPad tem que se ter um. iPad, entenda-se. Mas o gestor iPad não sabe porquê. Não sabe para quê. Não sabe como. Apenas tem que ser. E quem questiona o gestor iPad é considerado conservador. Bota de elástico mesmo. Ou, mangas de alpaca.
É gadget, o gestor iPad. Pode até ter algum interesse mas não tem utilidade válida para o negócio. É vazio, sem conteúdo para além de umas quantas aplicações interessantes. Por si só não vale nada. Não sabe do negócio. Não sabe de estratégia. Não sabe de consultoria. Não sabe aplicar a inovação para além da sua ostentação. Mas fica bem. Fica bem levar o seu iPad para as reuniões. Mesmo que depois se divirta a imitar as suas crianças que apenas sabem brincar com algumas das aplicação do gadget.
Aplicações que no gestor iPad são frases feitas. Ouvidas ou lidas num momento de distração e que passam a ser verdades absolutas. Aplicações essenciais para o funcionamento. Ele são expressões de gestão, fora de contexto pois então. Ele são buzzwords, sem qualquer fundamento ou aplicação. Ele são inovações que se têm que aplicar, mesmo que isso não sirva, de todo, os interesses estratégicos dos Clientes.
Não gosto de gestores iPad. O gestor iPad é como o telemóvel que toca na sala de cinema, no momento de emoção do filme. Incomoda, irrita e só diz qualquer coisa a uma pessoa, o seu dono.
E é pena. Pois, como já disse, eu até gosto de gadgets. Mesmo do iPad. Só que, à semelhança deste, só estou disponível para gastar aquilo que me parece razoável para o ter. O mesmo que os Clientes pensam dos gestores iPad...
Monday, July 12, 2010
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1 comment:
ai como eu conheço esta descrição!!!
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