O "Comunicações ou Não" é uma experiência a solo na blogosfera da área da comunicação. Como "tudo é comunicação", apesar de ser um local para reflexão sobre o mercado da comunicação, poderão existir incursões por outras áreas.

Wednesday, April 21, 2010

Delito de opinião?

Não sei o que terei escrito, mas faço uma ideia do que terá sido, mas também já fui excluído do agregador de blogues do Briefing. É giro quando vemos um meio de comunicação social, seja ele detido por uma empresa de consultoria de comunicação ou não, conviver tão mal com opiniões contrárias.

Posso dizer que não retiro uma vírgula ao que escrevi aqui. E também posso dizer que faço parte de uma "elite" que foi retirado deste agregador por "delito de opinião". Gosto de fazer parte de "elites". Gosto. Dá estatuto.

Wednesday, April 14, 2010

Redes sociais e media social

Aproveitando o manancial de informação presente nas redes sociais (neste caso o Facebook), por sugestão do meu amigo João Villalobos que, por sua vez, chegou ao texto por via do Manuel Patarrana, este excelente texto de Patrick Keane, CEO da Associated Content é um grande contributo para a clarificação do papel das redes sociais na comunicação das marcas.

Notícias que puxam o mercado para cima

Ter quatro agências nacionais na final dos Sabre Awards, no meio de mais de 2.000 entradas a concurso, vindas de 28 países é um sinal positivo para o mercado da consultadoria de comunicação nacional.

Citando e extrapolando as palavras do meu amigo José Franco, no artigo do Meios e Publicidade, "significa que ter dimensão não é crítico neste sector e que temos desempenhado um bom trabalho, avaliado por alguns dos mais prestigiados consultores do mundo".

É verdade para a nomeação do trabalho da sua agência, é verdade para o resto do mercado.

Wednesday, April 07, 2010

Agitação no mercado da distribuição moderna

Apesar de, actualmente, não trabalhar com nenhuma empresa de distribuição moderna, depois da minha saída da ipsis (que tem como Cliente o Grupo Os Mosqueteiros), hoje já me ligaram alguns jornalistas para saber a minha opinião sobre a notícia do dia: A eventual saída do Grupo Carrefour, com a venda da cadeia de loja Minipreço.

Em primeiro lugar, à semelhança da fonte da Sonae, confesso que fiquei surpreendido com a notícia e é difícil comentar algo que nem o Grupo Carrefou comenta. Aceito que a notícia tenha uma base de verdade (lá diz o ditado: "não há fumo sem fogo") e, tendo em conta a performance do Carrefour internacionalmente, não é impossível que tenha que existir a alienação de activos para a realização de novos investimentos em mercado emergentes.

Supreende-me o caso do Minipreço pois, como o mercado sabe, era uma operação rentável, bem gerida por quadros portugueses. E o Carrefour tinha anunciado que só iria desfazer-se de activos não rentáveis. Mas na intrincada realidade do mundo dos negócios o que se diz um dia, pode ser o contrário no dia seguinte. A ser verdade a notícia nos meios franceses, algo terá mudado na estratégia do Grupo internacional, ou na performance da cadeia em Portugal.

E perguntam-me os jornalistas quem acho que poderá ter interesse na compra da cadeia em Portugal. Neste campo qualquer resposta será mera especulação. No entanto, se algumas casas de research o fazem, também o irei fazer.

Ao contrário do que dizem o Espírito Santo Equity Research e a Caixa BI, não acredito que a Jerónimo Martins seja um potencial comprador. Em primeiro lugar porque, como já foi anunciado, o interesse estratégico deste Grupo está na expansão do negócio internacionalmente, nomeadamente nos países de Leste. Em segundo lugar, porque o aparelho físico das cadeias Pingo Doce e Minipreço têm demasiadas sobreposições geográficas, o que levaria a medidas correctivas ao nível da concorrência que tornariam a operação demasiado onerosa.

Já a Sonae Distribuição poderia ver nesta operação a possibilidade de expansão da sua cadeia Modelo Bonjour. No entanto, pelo que me foi dito por operadores deste mercado, a integração das lojas Carrefour ainda não está consolidada a nível finaceiro, o que obrigaria este Grupo a realizar um aumento de capital numa altura complicada. Isto aliado ao facto da estratégia deste Grupo ter sido sustentada na expansão através de lojas de média dimensão, onde as lojas Minipreço não se enquadram.

Creio que as casas de research se estão a esquecer de um player deste mercado: O Grupo Auchan. Foi referido publicamente que depois da falhada aquisição das lojas Carrefour o capital reservado para o efeito (cerca de 600 milhões de euros) se iria manter, quer para reforçar o investimento no país, quer para quaisquer novas oportunidades que pudessem surgir. O tema não voltou a ser referido mas nada indica que essa reserva de capital não se mantenha.

E o Auchan poderá ter nesta eventual operação a oportunidade de impulsionar decisivamente o crescimento e consolidação da sua cadeia Pão de Açúcar (a que tem dado um novo fôlego nos últimos anos). Simultaneamente, convém não esquecer que a cadeia Minipreço nasceu no seio do Grupo Pão de Açúcar (actual Auchan Portugal), sendo que muitos dos seus quadros superiores sairam deste. Portanto, existem afinidades históricas entre as cadeias.


Não sei se Auchan e Carrefour estarão na disposição de se sentarem à mesa depois das fracassadas negociações de 2007. Também não sei se a notícia da venda do Minipreço é verdade. Mas se estes "senãos" forem ultrapassados, este poderá ser um cenário a seguir com atenção.

(Adenda: Entretanto li esta notícia do Jornal de Negócios que poderá alterar este cenário)

Monday, April 05, 2010

Tom da comunicação

À boleia do texto do Jorge fui reler dois posts anteriores e pareceu-me que o tom das mensagens estava um pouco agressivo. E, como quem trabalha nesta área sabe, nem sempre a percepção é igual ao que se quer dizer (daí termos, tantas vezes, problemas...).

Por isso gostaria de deixar claro que acho que a ligação à network internacional da Guess What é uma excelente notícia e que toda a equipa (com Jorge e Renato à cabeça) estão de parabéns. É óbvio que os processos assumem dinâmicas próprias que impedem fazermos as coisas como estavam planeadas. Além de que, nesta área é raro não nos depararmos com exemplos vivos de "em casa de ferreiro, espeto de pau", ou "faz o que digo, não faças o que faço"... Mas para a próxima digam também no blog.

Quanto às "notícias 01 de Abril", eu achei piada a ambas. Sobretudo porque só percebi a data em causa quando li a segunda das notícias.

Thursday, April 01, 2010

Novidades calendarizadas

Aproveitando a onda de novidades no sector aproveito para informar que esta data - 01 de Abril de 2010 - marca o dia em que fui convidado para Presidente do Conselho de Administração de uma grande empresa, logo após ter vendido este blog que entretanto será "fusionado" com a PRWeek.
(Disclaimer: Caso as outras novidades de confirmem mesmo, aviso que este blog não está à venda...)

Conversas de café

Ontem, em plena conversa de café com alguém que prezo muito fui surpreendido com a pergunta "o que é que tens contra a Jerónimo Martins?". A resposta foi curta e clara: Nada. Acrescento agora, antes pelo contrário.

Como seguidor atento do mercado da distribuição moderna vejo, sempre vi, o Grupo Jerónimo Martins com admiração: Um Grupo que soube dar a volta aos seus problemas (sobretudo a internacionalização falhada no Brasil), sabendo fazer das suas fraquezas novas forças, dando o exemplo de internacionalização para a Europa de Leste e assumindo um novo posicionamento em Portugal, só pode ter a minha admiração.

No entanto, como disse ontem no café, acho que há pormenores, ao nível da comunicação, que têm que ser revistos. O mundo mudou, a comunicação também. E um Grupo fechado sobre si próprio neste campo, quando surgem problemas fica mais fragilizado. E é preciso não esquecer que está agendada a saida do seu "líder histórico", confirmada pelo próprio aqui.

Nunca conheci Alexandre Soares dos Santos pessoalmente. Para pena minha, pois sei que é um dos empresários mais inspiradores em solo nacional. Daí que os desafios futuros do Grupo tenham uma responsabilidade acrescida. E nesses desafios é preciso entender que a comunicação é um factor determinante, não só para a informação dos factos positivos como, sobretudo, para o esclarecimento de situação mais negativas.

Volto a frisar. O mundo mudou, os consumidores também e, nesta "nova ordem" a comunicação é fundamental. Por isso, é com expectativa que irei acompanhar os passos da futura Chief Communications Officer, cuja experiência profissional "obriga" a uma nova abordagem a este nível.

Comunicar é preciso

O Salvador deu o mote e o Rui complementou, em duas excelentes análises da comunicação do PSD, passado, presente e futuro. Creio que, neste campo, avaliando pela campanha efectuada e tirando os momentos menos felizes do Congresso, o novo Presidente do Partido está muito bem acompanhado.