Não sei o que terei escrito, mas faço uma ideia do que terá sido, mas também já fui excluído do agregador de blogues do Briefing. É giro quando vemos um meio de comunicação social, seja ele detido por uma empresa de consultoria de comunicação ou não, conviver tão mal com opiniões contrárias.
Posso dizer que não retiro uma vírgula ao que escrevi aqui. E também posso dizer que faço parte de uma "elite" que foi retirado deste agregador por "delito de opinião". Gosto de fazer parte de "elites". Gosto. Dá estatuto.
Wednesday, April 21, 2010
Wednesday, April 14, 2010
Redes sociais e media social
Aproveitando o manancial de informação presente nas redes sociais (neste caso o Facebook), por sugestão do meu amigo João Villalobos que, por sua vez, chegou ao texto por via do Manuel Patarrana, este excelente texto de Patrick Keane, CEO da Associated Content é um grande contributo para a clarificação do papel das redes sociais na comunicação das marcas.
Notícias que puxam o mercado para cima
Ter quatro agências nacionais na final dos Sabre Awards, no meio de mais de 2.000 entradas a concurso, vindas de 28 países é um sinal positivo para o mercado da consultadoria de comunicação nacional.
Citando e extrapolando as palavras do meu amigo José Franco, no artigo do Meios e Publicidade, "significa que ter dimensão não é crítico neste sector e que temos desempenhado um bom trabalho, avaliado por alguns dos mais prestigiados consultores do mundo".
É verdade para a nomeação do trabalho da sua agência, é verdade para o resto do mercado.
Citando e extrapolando as palavras do meu amigo José Franco, no artigo do Meios e Publicidade, "significa que ter dimensão não é crítico neste sector e que temos desempenhado um bom trabalho, avaliado por alguns dos mais prestigiados consultores do mundo".
É verdade para a nomeação do trabalho da sua agência, é verdade para o resto do mercado.
Wednesday, April 07, 2010
Agitação no mercado da distribuição moderna
Apesar de, actualmente, não trabalhar com nenhuma empresa de distribuição moderna, depois da minha saída da ipsis (que tem como Cliente o Grupo Os Mosqueteiros), hoje já me ligaram alguns jornalistas para saber a minha opinião sobre a notícia do dia: A eventual saída do Grupo Carrefour, com a venda da cadeia de loja Minipreço.
Em primeiro lugar, à semelhança da fonte da Sonae, confesso que fiquei surpreendido com a notícia e é difícil comentar algo que nem o Grupo Carrefou comenta. Aceito que a notícia tenha uma base de verdade (lá diz o ditado: "não há fumo sem fogo") e, tendo em conta a performance do Carrefour internacionalmente, não é impossível que tenha que existir a alienação de activos para a realização de novos investimentos em mercado emergentes.
Supreende-me o caso do Minipreço pois, como o mercado sabe, era uma operação rentável, bem gerida por quadros portugueses. E o Carrefour tinha anunciado que só iria desfazer-se de activos não rentáveis. Mas na intrincada realidade do mundo dos negócios o que se diz um dia, pode ser o contrário no dia seguinte. A ser verdade a notícia nos meios franceses, algo terá mudado na estratégia do Grupo internacional, ou na performance da cadeia em Portugal.
E perguntam-me os jornalistas quem acho que poderá ter interesse na compra da cadeia em Portugal. Neste campo qualquer resposta será mera especulação. No entanto, se algumas casas de research o fazem, também o irei fazer.
Ao contrário do que dizem o Espírito Santo Equity Research e a Caixa BI, não acredito que a Jerónimo Martins seja um potencial comprador. Em primeiro lugar porque, como já foi anunciado, o interesse estratégico deste Grupo está na expansão do negócio internacionalmente, nomeadamente nos países de Leste. Em segundo lugar, porque o aparelho físico das cadeias Pingo Doce e Minipreço têm demasiadas sobreposições geográficas, o que levaria a medidas correctivas ao nível da concorrência que tornariam a operação demasiado onerosa.
Já a Sonae Distribuição poderia ver nesta operação a possibilidade de expansão da sua cadeia Modelo Bonjour. No entanto, pelo que me foi dito por operadores deste mercado, a integração das lojas Carrefour ainda não está consolidada a nível finaceiro, o que obrigaria este Grupo a realizar um aumento de capital numa altura complicada. Isto aliado ao facto da estratégia deste Grupo ter sido sustentada na expansão através de lojas de média dimensão, onde as lojas Minipreço não se enquadram.
Creio que as casas de research se estão a esquecer de um player deste mercado: O Grupo Auchan. Foi referido publicamente que depois da falhada aquisição das lojas Carrefour o capital reservado para o efeito (cerca de 600 milhões de euros) se iria manter, quer para reforçar o investimento no país, quer para quaisquer novas oportunidades que pudessem surgir. O tema não voltou a ser referido mas nada indica que essa reserva de capital não se mantenha.
E o Auchan poderá ter nesta eventual operação a oportunidade de impulsionar decisivamente o crescimento e consolidação da sua cadeia Pão de Açúcar (a que tem dado um novo fôlego nos últimos anos). Simultaneamente, convém não esquecer que a cadeia Minipreço nasceu no seio do Grupo Pão de Açúcar (actual Auchan Portugal), sendo que muitos dos seus quadros superiores sairam deste. Portanto, existem afinidades históricas entre as cadeias.
Não sei se Auchan e Carrefour estarão na disposição de se sentarem à mesa depois das fracassadas negociações de 2007. Também não sei se a notícia da venda do Minipreço é verdade. Mas se estes "senãos" forem ultrapassados, este poderá ser um cenário a seguir com atenção.
(Adenda: Entretanto li esta notícia do Jornal de Negócios que poderá alterar este cenário)
Em primeiro lugar, à semelhança da fonte da Sonae, confesso que fiquei surpreendido com a notícia e é difícil comentar algo que nem o Grupo Carrefou comenta. Aceito que a notícia tenha uma base de verdade (lá diz o ditado: "não há fumo sem fogo") e, tendo em conta a performance do Carrefour internacionalmente, não é impossível que tenha que existir a alienação de activos para a realização de novos investimentos em mercado emergentes.
Supreende-me o caso do Minipreço pois, como o mercado sabe, era uma operação rentável, bem gerida por quadros portugueses. E o Carrefour tinha anunciado que só iria desfazer-se de activos não rentáveis. Mas na intrincada realidade do mundo dos negócios o que se diz um dia, pode ser o contrário no dia seguinte. A ser verdade a notícia nos meios franceses, algo terá mudado na estratégia do Grupo internacional, ou na performance da cadeia em Portugal.
E perguntam-me os jornalistas quem acho que poderá ter interesse na compra da cadeia em Portugal. Neste campo qualquer resposta será mera especulação. No entanto, se algumas casas de research o fazem, também o irei fazer.
Ao contrário do que dizem o Espírito Santo Equity Research e a Caixa BI, não acredito que a Jerónimo Martins seja um potencial comprador. Em primeiro lugar porque, como já foi anunciado, o interesse estratégico deste Grupo está na expansão do negócio internacionalmente, nomeadamente nos países de Leste. Em segundo lugar, porque o aparelho físico das cadeias Pingo Doce e Minipreço têm demasiadas sobreposições geográficas, o que levaria a medidas correctivas ao nível da concorrência que tornariam a operação demasiado onerosa.
Já a Sonae Distribuição poderia ver nesta operação a possibilidade de expansão da sua cadeia Modelo Bonjour. No entanto, pelo que me foi dito por operadores deste mercado, a integração das lojas Carrefour ainda não está consolidada a nível finaceiro, o que obrigaria este Grupo a realizar um aumento de capital numa altura complicada. Isto aliado ao facto da estratégia deste Grupo ter sido sustentada na expansão através de lojas de média dimensão, onde as lojas Minipreço não se enquadram.
Creio que as casas de research se estão a esquecer de um player deste mercado: O Grupo Auchan. Foi referido publicamente que depois da falhada aquisição das lojas Carrefour o capital reservado para o efeito (cerca de 600 milhões de euros) se iria manter, quer para reforçar o investimento no país, quer para quaisquer novas oportunidades que pudessem surgir. O tema não voltou a ser referido mas nada indica que essa reserva de capital não se mantenha.
E o Auchan poderá ter nesta eventual operação a oportunidade de impulsionar decisivamente o crescimento e consolidação da sua cadeia Pão de Açúcar (a que tem dado um novo fôlego nos últimos anos). Simultaneamente, convém não esquecer que a cadeia Minipreço nasceu no seio do Grupo Pão de Açúcar (actual Auchan Portugal), sendo que muitos dos seus quadros superiores sairam deste. Portanto, existem afinidades históricas entre as cadeias.
Não sei se Auchan e Carrefour estarão na disposição de se sentarem à mesa depois das fracassadas negociações de 2007. Também não sei se a notícia da venda do Minipreço é verdade. Mas se estes "senãos" forem ultrapassados, este poderá ser um cenário a seguir com atenção.
(Adenda: Entretanto li esta notícia do Jornal de Negócios que poderá alterar este cenário)
Monday, April 05, 2010
Tom da comunicação
À boleia do texto do Jorge fui reler dois posts anteriores e pareceu-me que o tom das mensagens estava um pouco agressivo. E, como quem trabalha nesta área sabe, nem sempre a percepção é igual ao que se quer dizer (daí termos, tantas vezes, problemas...).
Por isso gostaria de deixar claro que acho que a ligação à network internacional da Guess What é uma excelente notícia e que toda a equipa (com Jorge e Renato à cabeça) estão de parabéns. É óbvio que os processos assumem dinâmicas próprias que impedem fazermos as coisas como estavam planeadas. Além de que, nesta área é raro não nos depararmos com exemplos vivos de "em casa de ferreiro, espeto de pau", ou "faz o que digo, não faças o que faço"... Mas para a próxima digam também no blog.
Quanto às "notícias 01 de Abril", eu achei piada a ambas. Sobretudo porque só percebi a data em causa quando li a segunda das notícias.
Por isso gostaria de deixar claro que acho que a ligação à network internacional da Guess What é uma excelente notícia e que toda a equipa (com Jorge e Renato à cabeça) estão de parabéns. É óbvio que os processos assumem dinâmicas próprias que impedem fazermos as coisas como estavam planeadas. Além de que, nesta área é raro não nos depararmos com exemplos vivos de "em casa de ferreiro, espeto de pau", ou "faz o que digo, não faças o que faço"... Mas para a próxima digam também no blog.
Quanto às "notícias 01 de Abril", eu achei piada a ambas. Sobretudo porque só percebi a data em causa quando li a segunda das notícias.
Thursday, April 01, 2010
Novidades calendarizadas
Aproveitando a onda de novidades no sector aproveito para informar que esta data - 01 de Abril de 2010 - marca o dia em que fui convidado para Presidente do Conselho de Administração de uma grande empresa, logo após ter vendido este blog que entretanto será "fusionado" com a PRWeek.
(Disclaimer: Caso as outras novidades de confirmem mesmo, aviso que este blog não está à venda...)
(Disclaimer: Caso as outras novidades de confirmem mesmo, aviso que este blog não está à venda...)
Conversas de café
Ontem, em plena conversa de café com alguém que prezo muito fui surpreendido com a pergunta "o que é que tens contra a Jerónimo Martins?". A resposta foi curta e clara: Nada. Acrescento agora, antes pelo contrário.
Como seguidor atento do mercado da distribuição moderna vejo, sempre vi, o Grupo Jerónimo Martins com admiração: Um Grupo que soube dar a volta aos seus problemas (sobretudo a internacionalização falhada no Brasil), sabendo fazer das suas fraquezas novas forças, dando o exemplo de internacionalização para a Europa de Leste e assumindo um novo posicionamento em Portugal, só pode ter a minha admiração.
No entanto, como disse ontem no café, acho que há pormenores, ao nível da comunicação, que têm que ser revistos. O mundo mudou, a comunicação também. E um Grupo fechado sobre si próprio neste campo, quando surgem problemas fica mais fragilizado. E é preciso não esquecer que está agendada a saida do seu "líder histórico", confirmada pelo próprio aqui.
Nunca conheci Alexandre Soares dos Santos pessoalmente. Para pena minha, pois sei que é um dos empresários mais inspiradores em solo nacional. Daí que os desafios futuros do Grupo tenham uma responsabilidade acrescida. E nesses desafios é preciso entender que a comunicação é um factor determinante, não só para a informação dos factos positivos como, sobretudo, para o esclarecimento de situação mais negativas.
Volto a frisar. O mundo mudou, os consumidores também e, nesta "nova ordem" a comunicação é fundamental. Por isso, é com expectativa que irei acompanhar os passos da futura Chief Communications Officer, cuja experiência profissional "obriga" a uma nova abordagem a este nível.
Como seguidor atento do mercado da distribuição moderna vejo, sempre vi, o Grupo Jerónimo Martins com admiração: Um Grupo que soube dar a volta aos seus problemas (sobretudo a internacionalização falhada no Brasil), sabendo fazer das suas fraquezas novas forças, dando o exemplo de internacionalização para a Europa de Leste e assumindo um novo posicionamento em Portugal, só pode ter a minha admiração.
No entanto, como disse ontem no café, acho que há pormenores, ao nível da comunicação, que têm que ser revistos. O mundo mudou, a comunicação também. E um Grupo fechado sobre si próprio neste campo, quando surgem problemas fica mais fragilizado. E é preciso não esquecer que está agendada a saida do seu "líder histórico", confirmada pelo próprio aqui.
Nunca conheci Alexandre Soares dos Santos pessoalmente. Para pena minha, pois sei que é um dos empresários mais inspiradores em solo nacional. Daí que os desafios futuros do Grupo tenham uma responsabilidade acrescida. E nesses desafios é preciso entender que a comunicação é um factor determinante, não só para a informação dos factos positivos como, sobretudo, para o esclarecimento de situação mais negativas.
Volto a frisar. O mundo mudou, os consumidores também e, nesta "nova ordem" a comunicação é fundamental. Por isso, é com expectativa que irei acompanhar os passos da futura Chief Communications Officer, cuja experiência profissional "obriga" a uma nova abordagem a este nível.
Comunicar é preciso
O Salvador deu o mote e o Rui complementou, em duas excelentes análises da comunicação do PSD, passado, presente e futuro. Creio que, neste campo, avaliando pela campanha efectuada e tirando os momentos menos felizes do Congresso, o novo Presidente do Partido está muito bem acompanhado.
Tuesday, March 30, 2010
Também podiam ter "postado" no blog
Depois deste anúncio, e apesar desta dica, podiam ter concluído a novidade no blog. A blogosfera não pode ser só para o teaser (mesmo que isso faça despertar costelas de costureira...). Por sorte, os leitores também são assinantes da newsletter Meios & Publicidade.
Os parabéns que dei na altura do primeiro "teaser" mantêm-se!
Os parabéns que dei na altura do primeiro "teaser" mantêm-se!
i muda mesmo (mesmo que não seja num instante)
O Alexandre demonstra muita coragem para um consultor de comunicação. É que não é normal ver um profissional desta área a manifestar a sua opinião sobre meios de comunicação social, como ele o faz aqui. E no entanto, depois deste anúncio, é triste ler esta notícia pouco mais de um ano depois. Razão tinha o New York Times para estar surpreendido.
Mas quantas conversas de café não existiram a apontar para este desfecho, mesmo antes do jornal sair para rua? Quantas vezes assistimos a "apostas" de quanto tempo o jornal iria durar? Entre consultores e, sobretudo, entre jornalistas.
A incompreensão pelo timing de lançamento, associada a teorias da conspiração referentes a projectos de controlo dos media, eram, na altura, recorrentes.
Pessoalmente, que me tornei leitor do jornal (que leio com a regularidade com que leio a sua concorrência), tenho pena deste desfecho (pré)anunciado. Sobretudo pelos bons profissionais que apostaram e acreditaram neste projecto.
Mas quantas conversas de café não existiram a apontar para este desfecho, mesmo antes do jornal sair para rua? Quantas vezes assistimos a "apostas" de quanto tempo o jornal iria durar? Entre consultores e, sobretudo, entre jornalistas.
A incompreensão pelo timing de lançamento, associada a teorias da conspiração referentes a projectos de controlo dos media, eram, na altura, recorrentes.
Pessoalmente, que me tornei leitor do jornal (que leio com a regularidade com que leio a sua concorrência), tenho pena deste desfecho (pré)anunciado. Sobretudo pelos bons profissionais que apostaram e acreditaram neste projecto.
Friday, March 26, 2010
Totalmente de acordo
Como "vítima" do mesmo mal, não poderia estar mais de acordo com o PR do Buzzófias. E também acredito que, a longo prazo, este tipo de acções, se não acabarem, irão prejudicar aqueles que entendem as RP 2.0 como um passo natural para este mercado. Espero que seja só uma manifestação de imaturidade de alguns profissionais/empresas, neste campo.
Méritocracia
Sou um "méritocrata". Assumido. Não desvalorizando a experiência, que prezo muito, sempre defendi que a antiguidade não é posto e que alguém que se afirme pelo seu mérito e profissionalismo deve ser destacado.
Infelizmente ainda há quem considere esta minha visão como uma afronta e que defenda a cultura da mediocridade, recompensando quem não o merece, apenas porque está há mais tempo na organização. Se está e precisa de afirmar isso para se afirmar (passe a redundância) é porque, claramente, não tem o mérito para lá estar.
É por isso que sempre achei que a sucessão "natural" só deverá ser feita se o sucessor demonstrar mérito para tal. Foi o que aconteceu na Sonae. Poucos duvidarão que Paulo Azevedo não seja um gestor de excelência e que, naturalmente, é o melhor sucessor para Belmiro de Azevedo. Assim como poucos não considerarão Luís Palha da Silva uma excelente escolha para CEO na Jerónimo Martins, a avaliar pelos resultados do Grupo. Dois grupos de cariz "familiar" mas profissionais que tomaram opções diferentes na sucessão dos seus líderes "históricos".
E o panorama empresarial português tem vários exemplos onde esta sucessão "méritocrata" aconteceu. Também tem vários exemplos onde isto não aconteceu, e cujos resultados são visíveis.
Coerente com esta minha visão "méritocrata" nas instituições, sempre privilegiei quem demonstra capacidade, independentemente do cargo que ocupa, seja estagiário, gestor ou director.
Bem e porquê esta conversa? Para dizer que não vale a pena enviarem-me "convites" para grupos monárquicos no Facebook. Desculmpem-me mas, como disse aqui, não me revejo em sucessões naturais sem demonstração de mérito. E como o mérito do sucessor infelizmente não advém obrigatoriamente do mérito de quem é sucedido, prefiro ter a oportunidade de poder escolher quem considero com mais mérito para o lugar (mesmo que não ganhe).
Infelizmente ainda há quem considere esta minha visão como uma afronta e que defenda a cultura da mediocridade, recompensando quem não o merece, apenas porque está há mais tempo na organização. Se está e precisa de afirmar isso para se afirmar (passe a redundância) é porque, claramente, não tem o mérito para lá estar.
É por isso que sempre achei que a sucessão "natural" só deverá ser feita se o sucessor demonstrar mérito para tal. Foi o que aconteceu na Sonae. Poucos duvidarão que Paulo Azevedo não seja um gestor de excelência e que, naturalmente, é o melhor sucessor para Belmiro de Azevedo. Assim como poucos não considerarão Luís Palha da Silva uma excelente escolha para CEO na Jerónimo Martins, a avaliar pelos resultados do Grupo. Dois grupos de cariz "familiar" mas profissionais que tomaram opções diferentes na sucessão dos seus líderes "históricos".
E o panorama empresarial português tem vários exemplos onde esta sucessão "méritocrata" aconteceu. Também tem vários exemplos onde isto não aconteceu, e cujos resultados são visíveis.
Coerente com esta minha visão "méritocrata" nas instituições, sempre privilegiei quem demonstra capacidade, independentemente do cargo que ocupa, seja estagiário, gestor ou director.
Bem e porquê esta conversa? Para dizer que não vale a pena enviarem-me "convites" para grupos monárquicos no Facebook. Desculmpem-me mas, como disse aqui, não me revejo em sucessões naturais sem demonstração de mérito. E como o mérito do sucessor infelizmente não advém obrigatoriamente do mérito de quem é sucedido, prefiro ter a oportunidade de poder escolher quem considero com mais mérito para o lugar (mesmo que não ganhe).
Thursday, March 25, 2010
Quem irá ficar?
Não tinha acompanhado de perto a polémica da instalação de duas grandes superfícies no concelho de Loulé. Até que uma notícia do Observatório do Algarve me chamou à atenção para o assunto: Aparentemente só há "espaço" para mais um destes projectos. Dizem o Executivo Municipal de Loulé e a CCDR-Algarve.
Polémicas da localização do projecto (agora que é assumido que só poderá ficar um deles) à parte, o que resulta daqui é uma possível "guerra" de "contrapartidas" e comunicação entre o Grupo Auchan (através da Immochan) e o Ikea.
E, neste campo, não adianta argumentar apenas com a criação de postos de trabalho e investimento previsto. Ambos os grupos têm capacidade para o fazer e aqui só alguns números diferenciarão os projectos. Existe um comentário à primeira notícia citada que é lapidar: "qual é a dúvida? Auchan já existe no Algarve e arredores, ikea é novidade! IKEA, senhores! "
Esta é uma evidência que o Grupo Auchan deverá contestar. Com um hipermercado Jumbo em Faro e outro em construção em Portimão (e alguns Pão de Açúcar no distrito), face à ausência de um Ikea no Algarve, associado à preferência pública de um projecto Ikea no concelho por parte de Seruca Emídio (Presidente da Câmara Municpal de Loulé), será difícil o Grupo Auchan contrariar esta "vantagem" da empresa Sueca.
Acredito que muitas "movimentações de bastidores" estejam a decorrer. Mas as mesmas não serão suficientes. Afinal, para além das contrapartidas oferecidas, a opinião pública também terá que ser "convencida" das vantagens daquele que for o projecto escolhido. É que não será fácil ao poder político decidir por um projecto que contrarie a opinião dominante e que está bem espelhada no comentário transcrito. E aqui entra a comunicação.
Não conheço os projectos e muito menos as contrapartidas oferecidas por cada empresa. Mas conheço o mercado da distribuição e o concelho em causa (cresci lá). Por isso, acredito que mais que contrapartidas "estruturais" e normais para este tipo de projectos (co-financiar as infraestruturas rodoviárias envolventes) será necessário, a quem quiser manter a vantagem, entender as carências ao nível de infraestruturas sociais do concelho.
Assim, ao nível da comunicação, acredito que será absolutamente necessário empreender uma série de acções junto da população local que demonstrem uma proximidade junto das mesmas. Demonstrações de apoio às economias locais (através do incentivo à produção local) e, sobretudo, o apoio à comunidade local (através de programas de inclusão social) serão decisivas. Quem o fizer melhor poderá ter os argumentos públicos que auxiliem a decisão política. Se ficarem apenas pelos "bastidores" não acredito que existam alterações às preferências actuais.
Polémicas da localização do projecto (agora que é assumido que só poderá ficar um deles) à parte, o que resulta daqui é uma possível "guerra" de "contrapartidas" e comunicação entre o Grupo Auchan (através da Immochan) e o Ikea.
E, neste campo, não adianta argumentar apenas com a criação de postos de trabalho e investimento previsto. Ambos os grupos têm capacidade para o fazer e aqui só alguns números diferenciarão os projectos. Existe um comentário à primeira notícia citada que é lapidar: "qual é a dúvida? Auchan já existe no Algarve e arredores, ikea é novidade! IKEA, senhores! "
Esta é uma evidência que o Grupo Auchan deverá contestar. Com um hipermercado Jumbo em Faro e outro em construção em Portimão (e alguns Pão de Açúcar no distrito), face à ausência de um Ikea no Algarve, associado à preferência pública de um projecto Ikea no concelho por parte de Seruca Emídio (Presidente da Câmara Municpal de Loulé), será difícil o Grupo Auchan contrariar esta "vantagem" da empresa Sueca.
Acredito que muitas "movimentações de bastidores" estejam a decorrer. Mas as mesmas não serão suficientes. Afinal, para além das contrapartidas oferecidas, a opinião pública também terá que ser "convencida" das vantagens daquele que for o projecto escolhido. É que não será fácil ao poder político decidir por um projecto que contrarie a opinião dominante e que está bem espelhada no comentário transcrito. E aqui entra a comunicação.
Não conheço os projectos e muito menos as contrapartidas oferecidas por cada empresa. Mas conheço o mercado da distribuição e o concelho em causa (cresci lá). Por isso, acredito que mais que contrapartidas "estruturais" e normais para este tipo de projectos (co-financiar as infraestruturas rodoviárias envolventes) será necessário, a quem quiser manter a vantagem, entender as carências ao nível de infraestruturas sociais do concelho.
Assim, ao nível da comunicação, acredito que será absolutamente necessário empreender uma série de acções junto da população local que demonstrem uma proximidade junto das mesmas. Demonstrações de apoio às economias locais (através do incentivo à produção local) e, sobretudo, o apoio à comunidade local (através de programas de inclusão social) serão decisivas. Quem o fizer melhor poderá ter os argumentos públicos que auxiliem a decisão política. Se ficarem apenas pelos "bastidores" não acredito que existam alterações às preferências actuais.
Friday, March 19, 2010
A step for mankind
A questão da oferta ou compra de sacos plásticos na distribuição moderna é recorrente. Não estou contra a diminuição da quantidade de sacos plásticos existentes no ambiente, pelo que medidas destinadas ao seu "controlo" são sempre de louvar. Só que as mesmas devem ser coerentes com políticas de sustentabilidade ambientais gerais e não apenas operações de "maquilhagem", conhecidas por greenwashing.
A cobrança dos sacos de compras diminui a quantidade de plástico no ambiente? Sem dúvida. Mas e os sacos para as secções de padaria e frutas e legumes? Por uma questão de lógica, os mesmos também deveriam ser cobrados e deveriam ser dadas alternativas aos consumidores para a sua não utilização.
Porque não o são? Porque o seu custo para as cadeias de distribuição é substancialmente inferior aos dos sacos de compras. Segundo informação que me foi transmitida as grandes cadeias de distribuição gastam (gastavam) perto de dois milhões de euros/ano em sacos de compras. Se os clientes os pagarem são valores que saem directamente da alínea "custos" da empresa.
E nisso as cadeias ditas "hard discount" são mais honestas. Assumem que a medida se destina a diminuir os custos de operação e, dessa forma, a permitir eficiências que levam à diminuição do preço dos produtos ao consumidor. Não maquilham essa iniciativa de "preocupação ambiental".
Uma verdadeira preocupação ambiental obriga a mais medidas do que o mero pagamento de sacos de compras. Por exemplo, criando medidas de "discriminação positiva" para os consumidores com preocupações ambientais. A criação de "caixas verdes", como as existentes no Grupo Auchan, é uma medida pedagógica que deveria ser replicada pelas cadeias que querem assumir uma política de sustentabilidade ambiental. A existência e utilização de ecopontos "industriais" para os resíduos das lojas é outra medida que não vejo em utilização pelas cadeias que encaram a venda de sacos de compras como "A" medida para a sustentabilidade ambiental.
Por isto tudo, a cobrança de sacos de compras é um passo para a humanidade? É. Mas é um passo pequeno para o que os grupos de distribuição podem dar. E em vez de questionarem e criticarem o factor biodegradável dos sacos que alguns grupos entenderam adoptar, as associações ecologistas deveriam colocar os seus esforços na busca de uma solução melhor, longe de medidas mera e ambientalmente cosméticas.
A cobrança dos sacos de compras diminui a quantidade de plástico no ambiente? Sem dúvida. Mas e os sacos para as secções de padaria e frutas e legumes? Por uma questão de lógica, os mesmos também deveriam ser cobrados e deveriam ser dadas alternativas aos consumidores para a sua não utilização.
Porque não o são? Porque o seu custo para as cadeias de distribuição é substancialmente inferior aos dos sacos de compras. Segundo informação que me foi transmitida as grandes cadeias de distribuição gastam (gastavam) perto de dois milhões de euros/ano em sacos de compras. Se os clientes os pagarem são valores que saem directamente da alínea "custos" da empresa.
E nisso as cadeias ditas "hard discount" são mais honestas. Assumem que a medida se destina a diminuir os custos de operação e, dessa forma, a permitir eficiências que levam à diminuição do preço dos produtos ao consumidor. Não maquilham essa iniciativa de "preocupação ambiental".
Uma verdadeira preocupação ambiental obriga a mais medidas do que o mero pagamento de sacos de compras. Por exemplo, criando medidas de "discriminação positiva" para os consumidores com preocupações ambientais. A criação de "caixas verdes", como as existentes no Grupo Auchan, é uma medida pedagógica que deveria ser replicada pelas cadeias que querem assumir uma política de sustentabilidade ambiental. A existência e utilização de ecopontos "industriais" para os resíduos das lojas é outra medida que não vejo em utilização pelas cadeias que encaram a venda de sacos de compras como "A" medida para a sustentabilidade ambiental.
Por isto tudo, a cobrança de sacos de compras é um passo para a humanidade? É. Mas é um passo pequeno para o que os grupos de distribuição podem dar. E em vez de questionarem e criticarem o factor biodegradável dos sacos que alguns grupos entenderam adoptar, as associações ecologistas deveriam colocar os seus esforços na busca de uma solução melhor, longe de medidas mera e ambientalmente cosméticas.
Wednesday, March 17, 2010
Coerência e Credibilidade
O Congresso do PSD do fim de semana passado (um dos mais interessantes desde a não eleição de líderes nos congressos) ficou marcado pelo episódio da alteração dos estatutos, com a aprovação de uma norma que ficou conhecida pela "lei da rolha".
Não vou aqui discutir a minha concordância ou não com a mesma (não deixando de lembrar que a um Partido Político adere quem quer, livremente e consciente das suas normas). O que me leva a escrever sobre este assunto prende-se mais com dois dos activos de comunicação que mais considero: A coerência e a credibilidade (porque a segunda deriva da primeira).
A referida norma foi aprovada pelo Congresso. Os delegados ao mesmo tinham que saber o que estavam a aprovar: A proposta, pelo que ouvi a Pedro Santana Lopes, era conhecida desde a quarta-feira anterior ao Congresso. Até aqui são questões internas do PSD.
O que não faz sentido é que assim que sairam da sala do Congresso, os candidatos à liderança do PSD, pressionados pelos jornalistas (e, pela opinião publicada), tenham todos discordado desta regra, afirmando que se ganharem a irão revogar.
E é neste ponto que entra a coerência e, por causa dela, a questão da credibilidade. Os delegados ao Congresso eram hostis a todos os candidatos? Não. Não representam as várias sensibilidades internas, afectas aos candidatos? Sim. Então porquê maldizer uma regra que acabaram de aprovar?
Se não concordavam com a mesma, porquê ficar à espera das questões dos jornalistas para o afirmarem? Para o público ficou a sensação que no PSD, independentemente de quem for eleito líder, será a comunicação social e a opinião publicada a liderar o Partido.
E, como foi dito várias vezes, se a normal alternância democrática acontecer, o próximo líder do PSD poderá ser o próximo Primeiro-Ministro português. E uma coisa é o respeito pela liberdade de imprensa e de expressão. Outra é ser governado pela opinião publicada. Governar e liderar é decidir. Não é ficar à espera de ver o que se escreve para tomar decisões. O país não tem capacidade para estes "tempos de espera" e neste episódio todos os candidatos deram um mau sinal aos portugueses.
Não vou aqui discutir a minha concordância ou não com a mesma (não deixando de lembrar que a um Partido Político adere quem quer, livremente e consciente das suas normas). O que me leva a escrever sobre este assunto prende-se mais com dois dos activos de comunicação que mais considero: A coerência e a credibilidade (porque a segunda deriva da primeira).
A referida norma foi aprovada pelo Congresso. Os delegados ao mesmo tinham que saber o que estavam a aprovar: A proposta, pelo que ouvi a Pedro Santana Lopes, era conhecida desde a quarta-feira anterior ao Congresso. Até aqui são questões internas do PSD.
O que não faz sentido é que assim que sairam da sala do Congresso, os candidatos à liderança do PSD, pressionados pelos jornalistas (e, pela opinião publicada), tenham todos discordado desta regra, afirmando que se ganharem a irão revogar.
E é neste ponto que entra a coerência e, por causa dela, a questão da credibilidade. Os delegados ao Congresso eram hostis a todos os candidatos? Não. Não representam as várias sensibilidades internas, afectas aos candidatos? Sim. Então porquê maldizer uma regra que acabaram de aprovar?
Se não concordavam com a mesma, porquê ficar à espera das questões dos jornalistas para o afirmarem? Para o público ficou a sensação que no PSD, independentemente de quem for eleito líder, será a comunicação social e a opinião publicada a liderar o Partido.
E, como foi dito várias vezes, se a normal alternância democrática acontecer, o próximo líder do PSD poderá ser o próximo Primeiro-Ministro português. E uma coisa é o respeito pela liberdade de imprensa e de expressão. Outra é ser governado pela opinião publicada. Governar e liderar é decidir. Não é ficar à espera de ver o que se escreve para tomar decisões. O país não tem capacidade para estes "tempos de espera" e neste episódio todos os candidatos deram um mau sinal aos portugueses.
Thursday, March 11, 2010
Uma entrevista a ver
Não concordarei com tudo o que foi dito. Mas que é uma grande entrevista, com pontos de vista que nos fazem reflectir (como deveriam ser os pontos de vista), isso é.
Para provar que não tenho nada contra a Jerónimo Martins e, muito menos, contra o seu líder, aqui fica a entrevista dada por Alexandre Soares dos Santos ao José Gomes Ferreira no Negócios da Semana de ontem.
De tudo o que foi dito, realço a defesa da cultura do mérito que deveria nortear a actuação de todos.
Para provar que não tenho nada contra a Jerónimo Martins e, muito menos, contra o seu líder, aqui fica a entrevista dada por Alexandre Soares dos Santos ao José Gomes Ferreira no Negócios da Semana de ontem.
De tudo o que foi dito, realço a defesa da cultura do mérito que deveria nortear a actuação de todos.
Wednesday, March 10, 2010
A educação importa
Pensava que o problema era nacional. Mas a julgar pela quantidade de comentários à entrada "Good manners matter - don't they?" no Grupo "Public Relations and Communications Professionals" do LinkedIn parece que a questão é global.
O autor desta entrada - Mike Ritchie, Owner/Director at Mike Ritchie Media - conta dois episódios onde apresentou propostas a potenciais Clientes (a pedido dos mesmos) e das quais nunca recebeu uma resposta, nem sequer um "obrigado, recebemos a proposta mas neste momento não estamos interessados".
Este texto recebeu uma série de comentários de outros professionais a quem aconteceu (acontece regularmente?) o mesmo. Acredito, também, que a todos os professionais portugueses desta área já tenham acontecido situações semelhantes.
Compreendo que, muitas vezes, os Clientes estejam bastante ocupados e que não tenham tido tempo para analisar a(s) proposta(s). Mas para responder que receberam e que a vão analisar não há cinco minutos? Nem que seja para recusar a mesma.
Não consigo entender como é que há tempo para solicitar propostas e depois não há tempo para informar quem as fez do ponto de situação das mesmas. Eu sei que o interesse comercial está do lado de quem faz a proposta. Mas o interesse global não é de ambas as partes?
É que para se fazer uma boa proposta tem que se dispender tempo. Tempo que não está a ser utilizado para outros projectos, nomeadamente em trabalhos para os actuais Clientes. É um investimento que, mesmo que não dê resultados comerciais no imediato, deveria ser reconhecido pela outra parte.
A falta de resposta (quantas vezes não sabemos do resultado de um determinado "concurso" pelos meios de comunicação social?) é uma falta de consideração pelos profissionais que a desenvolveram. Mais que cortesia, é uma questão de educação. E como diz Mike Ritchie no seu texto:
"But, if I am spending time plus effort to communicate and keep potential clients informed, the least I expect is the same level of courtesy. And with email, text or whatever, it’s never been easier. To refuse to respond, answer, or acknowledge is arrogant, ignorant and totally unacceptable behaviour in my book. To repeat: business manners do matter."
O autor desta entrada - Mike Ritchie, Owner/Director at Mike Ritchie Media - conta dois episódios onde apresentou propostas a potenciais Clientes (a pedido dos mesmos) e das quais nunca recebeu uma resposta, nem sequer um "obrigado, recebemos a proposta mas neste momento não estamos interessados".
Este texto recebeu uma série de comentários de outros professionais a quem aconteceu (acontece regularmente?) o mesmo. Acredito, também, que a todos os professionais portugueses desta área já tenham acontecido situações semelhantes.
Compreendo que, muitas vezes, os Clientes estejam bastante ocupados e que não tenham tido tempo para analisar a(s) proposta(s). Mas para responder que receberam e que a vão analisar não há cinco minutos? Nem que seja para recusar a mesma.
Não consigo entender como é que há tempo para solicitar propostas e depois não há tempo para informar quem as fez do ponto de situação das mesmas. Eu sei que o interesse comercial está do lado de quem faz a proposta. Mas o interesse global não é de ambas as partes?
É que para se fazer uma boa proposta tem que se dispender tempo. Tempo que não está a ser utilizado para outros projectos, nomeadamente em trabalhos para os actuais Clientes. É um investimento que, mesmo que não dê resultados comerciais no imediato, deveria ser reconhecido pela outra parte.
A falta de resposta (quantas vezes não sabemos do resultado de um determinado "concurso" pelos meios de comunicação social?) é uma falta de consideração pelos profissionais que a desenvolveram. Mais que cortesia, é uma questão de educação. E como diz Mike Ritchie no seu texto:
"But, if I am spending time plus effort to communicate and keep potential clients informed, the least I expect is the same level of courtesy. And with email, text or whatever, it’s never been easier. To refuse to respond, answer, or acknowledge is arrogant, ignorant and totally unacceptable behaviour in my book. To repeat: business manners do matter."
"Comunicações ou Não" de novo legível
Por uma qualquer razão este blogue foi atacado. Durante o fim de semana (até ontem, terça-feira) quem acedia ao "Comunicações ou Não" era reencaminhado para uma página "financeira".
Apesar de alheio ao que se passou e que levou à eliminação de algumas aplicações existentes, peço desculpa a todos os leitores.
Terminado o silenciamento, "a emissão segue dentro de momentos".
Apesar de alheio ao que se passou e que levou à eliminação de algumas aplicações existentes, peço desculpa a todos os leitores.
Terminado o silenciamento, "a emissão segue dentro de momentos".
Thursday, February 25, 2010
Código Fonte
Por sugestão do Rodrigo (sempre atento às novidades na blogosfera de comunicação nacional) já visitei o novissímo Código Fonte, da Fonte Comunicação. Depois de seguir a Alda Telles no Twitter e no Facebook, agora posso lê-la em textos com mais de 140 caracteres. É sempre bom ter mais blogs de leitura diária. E já faz parte dos links permanentes deste blog (o link do Código Fonte para este blog é que está "truncado" com o blog da APECOM mas nada que não se corrija...).
Quanto ao assunto do primeiro post, concordo com a Alda: Não somos um país adepto do associativismo. Não sei quem quer criar uma nova associação para este sector. Também li a "cacha" aqui. Mas, a julgar pelas reacções, já serviu para "agitar as águas". E que essa "agitação" impulsione ainda mais as actuais associações para a afirmação do profissionalismo deste sector (que, nem sei como, ainda não veio à baila com a actual polémica das tentativas de controlo dos media).
Quanto ao assunto do primeiro post, concordo com a Alda: Não somos um país adepto do associativismo. Não sei quem quer criar uma nova associação para este sector. Também li a "cacha" aqui. Mas, a julgar pelas reacções, já serviu para "agitar as águas". E que essa "agitação" impulsione ainda mais as actuais associações para a afirmação do profissionalismo deste sector (que, nem sei como, ainda não veio à baila com a actual polémica das tentativas de controlo dos media).
Estágios profissionais para fazer new business?
No meio das minhas "navegações" sem rumo definido, dei de caras com um anúncio de emprego (num famoso site de emprego deste mercado) com o seguinte texto:
«Estamos a recrutar account junior para estágio profissional
Função:
- Prospecção e angariação de clientes
- Divulgação e promoção dos nossos serviços.»
Lembrei-me do passado. Já estive numa empresa em que o Director-Geral da altura teve a peregrina ideia de designar um estagiário para implementar uma iniciativa de new-business (a tal «prospecção e angariação de clientes»). O resultado não podia ter sido mais desastroso: Não só não se angariou qualquer novo Cliente, como a imagem deixada pela empresa junto de muitos potenciais não foi a melhor. E tal não se deveu à falta de esforço e vontade do referido estagiário. Deveu-se, como é óbvio, à falta de experiência do mesmo para fazer este tipo de contactos.
A «prospecção e angariação» de Clientes nesta área não pode ser feita como se de um call center se tratasse. É uma tarefa que, mais do que meramente comercial, se reveste de uma vertente institucional muito delicada e que deve ser feita ao mais alto nível na empresa. É uma questão de imagem da própria. Quem empreende este esforço tem que saber falar "de igual para igual" com os seus interlocutores. Tem que saber apresentar a empresa sem mácula. Tem que ter a agilidade e experiência suficientes para entender os desafios do potencial e adaptar o discurso aos mesmos.
É óbvio que a detecção de oportunidades deverá ser uma função de todos os colaboradores. Mas as iniciativas posteriores a esta detecção não podem ficar nas mãos de um «account junior para estágio profissional».
(Notas: O anúncio referido não é para uma empresa de consultoria de comunicação - ainda bem. A empresa em que trabalhei detectou o erro a tempo e conseguiu corrigi-lo sem grandes dados de imagem para a própria. O estagiário, apesar do seu esforço meritório, não ficou a trabalhar na mesma. O Director-Geral não ficou muito mais tempo na empresa. Que a experiência possa servir para alguma coisa.)
«Estamos a recrutar account junior para estágio profissional
Função:
- Prospecção e angariação de clientes
- Divulgação e promoção dos nossos serviços.»
Lembrei-me do passado. Já estive numa empresa em que o Director-Geral da altura teve a peregrina ideia de designar um estagiário para implementar uma iniciativa de new-business (a tal «prospecção e angariação de clientes»). O resultado não podia ter sido mais desastroso: Não só não se angariou qualquer novo Cliente, como a imagem deixada pela empresa junto de muitos potenciais não foi a melhor. E tal não se deveu à falta de esforço e vontade do referido estagiário. Deveu-se, como é óbvio, à falta de experiência do mesmo para fazer este tipo de contactos.
A «prospecção e angariação» de Clientes nesta área não pode ser feita como se de um call center se tratasse. É uma tarefa que, mais do que meramente comercial, se reveste de uma vertente institucional muito delicada e que deve ser feita ao mais alto nível na empresa. É uma questão de imagem da própria. Quem empreende este esforço tem que saber falar "de igual para igual" com os seus interlocutores. Tem que saber apresentar a empresa sem mácula. Tem que ter a agilidade e experiência suficientes para entender os desafios do potencial e adaptar o discurso aos mesmos.
É óbvio que a detecção de oportunidades deverá ser uma função de todos os colaboradores. Mas as iniciativas posteriores a esta detecção não podem ficar nas mãos de um «account junior para estágio profissional».
(Notas: O anúncio referido não é para uma empresa de consultoria de comunicação - ainda bem. A empresa em que trabalhei detectou o erro a tempo e conseguiu corrigi-lo sem grandes dados de imagem para a própria. O estagiário, apesar do seu esforço meritório, não ficou a trabalhar na mesma. O Director-Geral não ficou muito mais tempo na empresa. Que a experiência possa servir para alguma coisa.)
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