O "Comunicações ou Não" é uma experiência a solo na blogosfera da área da comunicação. Como "tudo é comunicação", apesar de ser um local para reflexão sobre o mercado da comunicação, poderão existir incursões por outras áreas.

Friday, December 11, 2009

Internamente

Não sou especialista em comunicação interna. Sei propôr algo mais que o básico, mais pelo bom senso que outra coisa, mas como acho que os colaboradores são dos stakeholders mais importantes de uma empresa, não tenho a veleidade de, ao contrário de muitos neste mercado, me afirmar como especialista nesta área.

No entanto, o bom senso e a experiência dizem-me que há pequenos gestos e acções de comunicação que têm um impacto suficientemente grande para motivar e gerar mobilização geral. E não estou a falar de grandes festas (de Natal ou de Verão e afins). Estou a falar de pequenos gestos de preocupação pelo bem estar dos colaboradores, de uma conversa cirúrgica no momento certo, de uma pequena atenção (que não tem, nem precisa de ter fundo financeiro).

E isto é especialmente verdade em "nano-micro-pequenas e médias empresas". Mais verdade ainda em empresas ligadas ao sector da comunicação, onde o capital humano é a única valia que têm para oferecer aos seus Clientes.

Por isso, não consigo entender empresas que até têm Directores de Recursos Humanos, com direito a todos os privilégios de administrador mas que não entendem estes pequenos pormenores que fazem a diferença.

Um director de recursos humanos nestas empresas não pode ser apenas um burocrata que processa os salários. Não pode ser apenas "a voz do dono" que trata dos despedimentos quando eles são necessários.

Tem que ser alguém que esteja entre a administração e os colaboradores, que entenda as ansiedades destes últimos e que saiba responder da melhor forma para mobilizar o capital humano.

Para tal tem que deixar de pensar apenas no seu estauto e bem estar e passar a pensar nos tais pequenos pormenores que marcam a diferença. E tem que assumir a comunicação interna como uma ferramenta essencial para o cumprimento dos objectivos da empresa.

Porque, sobretudo nesta área, sem capital humano motivado e empenhado, a empresa não passa de uma "fábrica". E a capacidade de fazer a diferença no mercado não vem de "fábricas" pré-formatadas.

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