Sou seguidor da página da PSP no Facebook. E por norma acho que a mesma até é bem gerida. Informação útil, enaltecimento da acção da força de segurança, etc..
Mas hoje vi uma coisa que me chocou: A propósito da acção meritória de um agente, a página da PSP publica uma foto de uma senhora na sala de espera de um hospital a conversar com o referido agente. A legenda da foto dizia, entre outras coisas, "Polícia, no Hospital de São José em Lisboa, conforta uma senhora idosa que momentos antes havia tentado o suicídio". E a senhora, ao contrário do agente, é perfeitamente identificável.
Considerando que a página da PSP é seguida por 28.878 pessoas, a exposição e a identificação que o(s) gestor(es) da página deram a uma senhora, já fragilizada, é, no mínimo, chocante.
Eu sei que as regras da salvaguarda da privacidade individual ficam esbatidas nas redes sociais. Mas não caberia a uma força policial zelar pela defesa da mesma? Ainda ontem o Rui Lourenço dizia no Facebook, a propósito de uma situação semelhante com a GNR, "não concordo muito com a exposição que estão a fazer da pessoa, o
direito a uma dignidade seja em que situação for. Será que sabe que está
a ser exposto no Facebook?"
PSP e GNR a promoverem a sua acção, de mérito inegável, expondo a fragilidade de dois cidadãos que, acredito, não se sabem expostos desta forma e com capacidade de defesa diminuída pela sua fragilidade. Será que as forças policiais portuguesas, na sua ânsia de boa imagem, esqueceram-se dos mais elementares padrões de salvaguarda da boa imagem dos outros?
(Nota: Tinha colocado um link para a página da Polícia de Segurança Pública no Facebook neste post. Mas entendi removê-lo pois não quero que o post promova também a exposição de uma senhora que já vive uma situação frágil)
Wednesday, August 08, 2012
Tuesday, July 24, 2012
Os Faceliars (Graxistas sem noção, em linguagem corrente)
Na semana passada uma pessoa, por acaso da área da consultoria de comunicação, colocou uma nova foto de perfil no Facebook. A foto é horrível: Desfocada, "olhos vermelhos" (corrigidos, o que os tornava brancos - ainda pior), luz má, enfim, tudo o que faria uma pessoa com bom senso apagar a foto da máquina (ou telemóvel). Mas a pessoa em causa resolveu publicá-la no Facebook, ainda por cima como foto de perfil (o que me levaria a nunca, mas nunca mesmo, aceitar qualquer "conselho" desta aparente profissional). Está no seu direito. É com ela e já vi pior.
O que me deixou estupefacto não foi a decisão dessa pessoa. Foram os comentários à foto. Que existam logo "likes", eu ainda entendo. Há pessoas com compulsão para o botão e não resistem a clicar com o rato assim que se deparam com um "like". É doença, mas é deles(as).
Agora comentários a dizer que "a foto está fantástica", que a pessoa em causa está gira (quando quase que nem dá para ver) e afins? Será que não têm olhos? Nem a foto está fantástica, nem a pessoa em causa o está.
O que leva alguém a mentir tão descaradamente no Facebook, que até é um local com público? Ò pessoal, a graxa e afins tem limites e o que deveriam dizer é que aquela foto só lhe fica mal. Com amigos assim, quem precisa de inimigos?...
O que me deixou estupefacto não foi a decisão dessa pessoa. Foram os comentários à foto. Que existam logo "likes", eu ainda entendo. Há pessoas com compulsão para o botão e não resistem a clicar com o rato assim que se deparam com um "like". É doença, mas é deles(as).
Agora comentários a dizer que "a foto está fantástica", que a pessoa em causa está gira (quando quase que nem dá para ver) e afins? Será que não têm olhos? Nem a foto está fantástica, nem a pessoa em causa o está.
O que leva alguém a mentir tão descaradamente no Facebook, que até é um local com público? Ò pessoal, a graxa e afins tem limites e o que deveriam dizer é que aquela foto só lhe fica mal. Com amigos assim, quem precisa de inimigos?...
Wednesday, May 02, 2012
Doces hipocrisias
Era uma vez um sítio do costume. Que tinha na sua comunicação
a soberba de assumir “sem promoções, talões ou complicações”. Mais, como amigo
do ambiente, reduziram a utilização dos sacos de plástico. Próximo da produção nacional,
diminuiu o prazo de pagamento aos pequenos produtores. E, do cimo da sua
superioridade moral, dava conselhos aos portugueses, de como se deveria
trabalhar mais e melhor, pelo meio criticando todos, especialmente a classe política.
Só que ao sítio do costume não basta sê-lo. Também é preciso parecê-lo. E ontem caiu por terra mais uma afirmação de superioridade moral. Sem “promoções ou complicações”? Não vou perder tempo a discutir a possibilidade de dumping. Não a ponho em causa mas também não vou afirmar seguramente que isso aconteceu (haverá por aí muito produtor que chorará muito tempo pelos preços promocionais que “acedeu” fazer). Mas 50% de desconto não é uma “promoção”. É desbaratar. E em relação a “complicações”, bastará ver o que a PSP tem a dizer sobre os acontecimentos.
O sítio do costume fidelizou clientes? Aumentou o número de clientes habituais? Garantiu futuras visitas e compras? Isso é algo que veremos num futuro próximo, mas confesso que tenho as minhas dúvidas. Uma coisa é certa. A acção de ontem atirou para o caixote do lixo o posicionamento dos últimos anos. A próxima vez que ouvir mais uma irritante música a falar mal das promoções, dos talões e afins, afirmando preços baixos todo o ano, não poderei deixar de rir. É que as hipocrisias dão-me para isso: Rir.
Como rirei cada vez que ler que o sítio do costume é amigo do ambiente. Poupar milhões de Euros em sacos de plástico que deixaram de ser oferecidos para serem suportados pelos clientes reduz, de facto, a quantidade de sacos de plástico no ambiente. Mas reduz também, e muito, os custos. Porquê não assumir isso, disfarçando a coisa apenas na enorme amizade que temos pelo ambiente? É que quem é amigo do ambiente tenta também, dentro do possível, perceber o que é a comercialização de pesca sustentável. Não manda prender os activistas das organizações ambientais que a defende (por muito que também não goste das acções dessas organizações ambientais).
E ser amigo da produção nacional, reduzindo os prazos de pagamento, é bonito. Mas ser acusado pela produção nacional de estrangulamento da mesma, com acusações de importações com dumping à mistura, não é contra-senso? E, voltando à promoção dos 50%, tenho tantas dúvidas que a produção nacional tenha achado piada ao assunto…
Os donos do sítio do costume continuam a gozar de boa imprensa (basta ler o que se escreveu sobre a deslocação para a Holanda para perceber isso). Mas a comunicação começa a dar sinais de desgaste. E as incoerências e contradições de posicionamento começam a ganhar relevância na opinião pública (não na publicada). Acredito que, se não forem tomadas medidas rapidamente (que não a já fatigada entrevista de esclarecimento do Presidente – recorrente nos últimos tempos), da opinião pública à publicada seja uma questão de tempo (como se poderá ver nas opiniões públicas de inúmeros jornalistas nas redes sociais).
As práticas são ilegais? São ilegítimas? Não. Quero acreditar que não. O que é hipocrisia é manter um discurso de altivez e superioridade moral sobre os demais e ter uma praxis que desce mais baixo que muito do praticado pelo mercado. Nestes casos, prefiro aqueles que ou não se armam em superiores mas que são coerentes entre o que dizem e o que fazem.
(Nota: Como não sou hipócrita, como o sítio do costume, não vou dizer que vou boicotar o que quer que seja. Há lojas, algumas, de que gosto muito, produtos, alguns, de que gosto muito e funcionários, alguns, muito simpáticos dando gosto no atendimento. E estes “alguns” valem muito mais que as doces hipocrisias dos “outros”).
Só que ao sítio do costume não basta sê-lo. Também é preciso parecê-lo. E ontem caiu por terra mais uma afirmação de superioridade moral. Sem “promoções ou complicações”? Não vou perder tempo a discutir a possibilidade de dumping. Não a ponho em causa mas também não vou afirmar seguramente que isso aconteceu (haverá por aí muito produtor que chorará muito tempo pelos preços promocionais que “acedeu” fazer). Mas 50% de desconto não é uma “promoção”. É desbaratar. E em relação a “complicações”, bastará ver o que a PSP tem a dizer sobre os acontecimentos.
O sítio do costume fidelizou clientes? Aumentou o número de clientes habituais? Garantiu futuras visitas e compras? Isso é algo que veremos num futuro próximo, mas confesso que tenho as minhas dúvidas. Uma coisa é certa. A acção de ontem atirou para o caixote do lixo o posicionamento dos últimos anos. A próxima vez que ouvir mais uma irritante música a falar mal das promoções, dos talões e afins, afirmando preços baixos todo o ano, não poderei deixar de rir. É que as hipocrisias dão-me para isso: Rir.
Como rirei cada vez que ler que o sítio do costume é amigo do ambiente. Poupar milhões de Euros em sacos de plástico que deixaram de ser oferecidos para serem suportados pelos clientes reduz, de facto, a quantidade de sacos de plástico no ambiente. Mas reduz também, e muito, os custos. Porquê não assumir isso, disfarçando a coisa apenas na enorme amizade que temos pelo ambiente? É que quem é amigo do ambiente tenta também, dentro do possível, perceber o que é a comercialização de pesca sustentável. Não manda prender os activistas das organizações ambientais que a defende (por muito que também não goste das acções dessas organizações ambientais).
E ser amigo da produção nacional, reduzindo os prazos de pagamento, é bonito. Mas ser acusado pela produção nacional de estrangulamento da mesma, com acusações de importações com dumping à mistura, não é contra-senso? E, voltando à promoção dos 50%, tenho tantas dúvidas que a produção nacional tenha achado piada ao assunto…
Os donos do sítio do costume continuam a gozar de boa imprensa (basta ler o que se escreveu sobre a deslocação para a Holanda para perceber isso). Mas a comunicação começa a dar sinais de desgaste. E as incoerências e contradições de posicionamento começam a ganhar relevância na opinião pública (não na publicada). Acredito que, se não forem tomadas medidas rapidamente (que não a já fatigada entrevista de esclarecimento do Presidente – recorrente nos últimos tempos), da opinião pública à publicada seja uma questão de tempo (como se poderá ver nas opiniões públicas de inúmeros jornalistas nas redes sociais).
As práticas são ilegais? São ilegítimas? Não. Quero acreditar que não. O que é hipocrisia é manter um discurso de altivez e superioridade moral sobre os demais e ter uma praxis que desce mais baixo que muito do praticado pelo mercado. Nestes casos, prefiro aqueles que ou não se armam em superiores mas que são coerentes entre o que dizem e o que fazem.
(Nota: Como não sou hipócrita, como o sítio do costume, não vou dizer que vou boicotar o que quer que seja. Há lojas, algumas, de que gosto muito, produtos, alguns, de que gosto muito e funcionários, alguns, muito simpáticos dando gosto no atendimento. E estes “alguns” valem muito mais que as doces hipocrisias dos “outros”).
Wednesday, April 18, 2012
Tendências do sector alimentar
Excelente artigo sobre as alterações e tendências do sector alimentar em Portugal. Dados que dão lugar a uma opinião sustentada do Carlos Liz. A ler.
Tuesday, April 17, 2012
Verdade gráfica
Com as devidas diferenças, como este gráfico se aplica ao mercado das empresas de consultoria de comunicação...
(Retirado daqui)
Thursday, April 12, 2012
E agora, para algo completamente diferente: Um tema de distribuição
Li ontem, com estupefacção que o Governo, através do Ministério da Agricultura, se prepara para lançar um «novo imposto sobre o comércio alimentar, medida que via “subsidiar” a criação do Fundo de Saúde e Segurança Alimentar (FSSA), podendo vir a afectar mais de duas mil lojas do ramo, sobretudo, supermercados e hipermercados.
(...)
A nova taxa servirá para o Governo criar o Fundo de Saúde e Segurança Alimentar Mais, com os objectivos de “compensar os produtores, no quadro da prevenção e erradicação das doenças dos animais e das plantas, bem como das infestações por parasitas”, além de “apoiar as explorações pecuárias” e “incentivar o desenvolvimento da qualidade dos produtos agrícolas”.» (in Hipersuper)
Uma nova taxa para compensar os produtores por aquilo que deve ser o seu trabalho? Uma nova taxa para substituir os seguros agrícolas que, como se diz regularmente, nunca cumprem o prometido?
Cria-se um novo imposto que é mais fácil e rápido para arranjar o dinheiro. E onde? Nos produtos alimentares, pois então. Que, como todos sabemos, são produtos de luxo, não essenciais e que, por isso, podem ser ainda mais taxados. Faz sentido.
E esquecemo-nos de quem pagará a factura? Ou os consumidores, ou os próprios produtores (aqueles para quem a taxa se destinaria). Ou ambos.
Ou alguém tem dúvidas que, no dia em que a nova taxa for promulgada, serão enviadas novas condições de abastecimento para os produtores, onde estará incluído um valor para suportar novos custos de distribuição (leia-se a nova taxa).
Enfim...
(...)
A nova taxa servirá para o Governo criar o Fundo de Saúde e Segurança Alimentar Mais, com os objectivos de “compensar os produtores, no quadro da prevenção e erradicação das doenças dos animais e das plantas, bem como das infestações por parasitas”, além de “apoiar as explorações pecuárias” e “incentivar o desenvolvimento da qualidade dos produtos agrícolas”.» (in Hipersuper)
Uma nova taxa para compensar os produtores por aquilo que deve ser o seu trabalho? Uma nova taxa para substituir os seguros agrícolas que, como se diz regularmente, nunca cumprem o prometido?
Cria-se um novo imposto que é mais fácil e rápido para arranjar o dinheiro. E onde? Nos produtos alimentares, pois então. Que, como todos sabemos, são produtos de luxo, não essenciais e que, por isso, podem ser ainda mais taxados. Faz sentido.
E esquecemo-nos de quem pagará a factura? Ou os consumidores, ou os próprios produtores (aqueles para quem a taxa se destinaria). Ou ambos.
Ou alguém tem dúvidas que, no dia em que a nova taxa for promulgada, serão enviadas novas condições de abastecimento para os produtores, onde estará incluído um valor para suportar novos custos de distribuição (leia-se a nova taxa).
Enfim...
Wednesday, April 11, 2012
Facebookmento
(Ou pensamento solto sobre o Facebook)
Passar o dia no "Livro da Cara" na conversa com os amigos dizendo que se está a trabalhar, em contactos com jornalistas é uma piada engraçada. Pode ser que cole. Afinal há quem acredite que "uma mentira muitas vezes repetida se torna verdade".
Se a entidade patronal não se importar, é lá com ela. Mas não digam que é trabalho. Porque acaba por prejudicar quem usa, de facto, o Facebook para trabalhar.
Passar o dia no "Livro da Cara" na conversa com os amigos dizendo que se está a trabalhar, em contactos com jornalistas é uma piada engraçada. Pode ser que cole. Afinal há quem acredite que "uma mentira muitas vezes repetida se torna verdade".
Se a entidade patronal não se importar, é lá com ela. Mas não digam que é trabalho. Porque acaba por prejudicar quem usa, de facto, o Facebook para trabalhar.
Tuesday, April 10, 2012
"Semiótica" da comunicação
Uma vez ouvi um Cliente dizer que se fizermos as coisas sempre com a mesma "forma" que o "conteúdo" deixa de ser importante, pois as pessoas habituam-se à forma e já não ligam ao conteúdo.
Pois.
Mas nós trabalhamos no campeonato dos conteúdos. E quantas vezes, um bom conteúdo, mesmo que escrito num guardanapo de papel, não assume uma importância maior que informação irrelevante, embalada no mais fantástico embrulho?
Pois.
Mas nós trabalhamos no campeonato dos conteúdos. E quantas vezes, um bom conteúdo, mesmo que escrito num guardanapo de papel, não assume uma importância maior que informação irrelevante, embalada no mais fantástico embrulho?
Thursday, April 05, 2012
Crise na Goldman Sach - o que fazer?
Segundo Jonathan Salem Baskin, nada... Um interessante artigo sobre o episódio. Gosto particularmente da frase: "Smith's letter declared that water is wet, and it allowed people who feel the same way to agree with him. An echo chamber is not a conversation, agreeing doesn't sustain debate, and no amount of social-media sharing can turn transitory buzz into something lasting.".
Uma câmara de eco (tradução literal) não é uma conversa. Verdade.
Por isso, às vezes a melhor resposta é mesmo não responder. E nós, os profissionais desta área, com a ânsia de que há sempre uma resposta, frequentemente esquecemo-nos disto. Para reflectir (sem cair no exagero de algumas empresas que do alto da sua soberba acham que não têm que responder nunca).Bio
RSS feed
Uma câmara de eco (tradução literal) não é uma conversa. Verdade.
Por isso, às vezes a melhor resposta é mesmo não responder. E nós, os profissionais desta área, com a ânsia de que há sempre uma resposta, frequentemente esquecemo-nos disto. Para reflectir (sem cair no exagero de algumas empresas que do alto da sua soberba acham que não têm que responder nunca).Bio
RSS feed
Wednesday, April 04, 2012
Comunicação de Crise
"Quando todo mundo quer saber é porque ninguém tem nada com isso."
Millôr Fernandes
Tuesday, April 03, 2012
Mais uma volta, mais uma viagem
Tinha algumas saudades da blogosfera. Não da loucura que é ter que escrever todos os dias para alimentar o "monstro", que isto de ter um blogue a solo tem muito que se lhe diga. Mas de ir escrevendo de vez em quando.
Apesar de ausente da escrita, não me ausentei da leitura. Tenho acompanhado a nossa blogosfera atentamente. O que também me permite saber que não tenho sido o único ausente na regularidade. Mais um motivo para fazer um esforço para tentar ir mantendo o "Comunicações".
Gostaria de frisar neste meu regresso que este blogue é sobre o sector mas que é apenas a minha visão do mesmo. Não reflecte outras opiniões que não a minha.
Apesar de ausente da escrita, não me ausentei da leitura. Tenho acompanhado a nossa blogosfera atentamente. O que também me permite saber que não tenho sido o único ausente na regularidade. Mais um motivo para fazer um esforço para tentar ir mantendo o "Comunicações".
Gostaria de frisar neste meu regresso que este blogue é sobre o sector mas que é apenas a minha visão do mesmo. Não reflecte outras opiniões que não a minha.
Tuesday, February 22, 2011
Notas soltas (por causa de ausência prolongada)
Há muito tempo, demasiado tempo para a blogosfera, que não vinha aqui. Não que não tenha acompanhado o que se anda a passar no mercado. Mas porque valores mais altos se levantaram e não me arrependo nada de não ter tido tempo para este espaço. Só que essa ausência prolongada fez com que não me tenha sido possível comentar algumas coisas que mereciam o meu comentário. Assim, em perspectiva, aqui vão algumas notas soltas:
"Caso Ensitel"
Não vou comentar o "caso" propriamente dito. Sobre isso já muito foi dito. Mas não posso deixar de comentar algumas reacções do mercado ao mesmo:
1- Foi divertido ver uma série de profissionais desta área a escreverem sobre o assunto para ver se a conta ainda lhes caia na carteira. E foram tantos...
2 - Alguns profissionais, apesar de "peritos" em redes sociais e afins, não percebem que é miopia dizer que o caso só ganhou aquele impacto porque quem o levantou é uma famosa blogger nacional. Meus caros, a força das redes sociais é precisamente dar poder de denuncia ao "comum anónimo". O facto de ser uma famosa blogger deu réplicas mais fortes. Mas há estruturas que caem com terramotos mais fracos. E esses podem vir de qualquer lado. Não só dos bloggers famosos...
3 - Foi tristemente divertido ver alguns consultores a analisar este caso como uns que viveram no passado, na perspectiva de que nada mudou entretanto. Eu também já lidei com crises com pessoas mortas e afins. Mas sei que o mundo mudou e, espero, a forma como analiso estes casos também. É pena perceber que não é assim para todos...
4 - Alguém sabe se a Ensitel desceu nas vendas? Gostava de saber se o "terramoto" foi assim tão violento.
Doutores
Gostei de ver o surgimento dos Doutores. Ou melhor, do SpinDoutor (que não sou eu, nem teria a capacidade de o ser - está demasiado bem informado: resposta a quem já me perguntou isso). O mercado quer-se agitado? (como ele me perguntava) Não sei. Mas participado, e com humor, quanto a isso, não tenho dúvidas. Quanto às "réplicas" (sim, também neste ponto escrevi "réplicas") não tenho acompanhado o suficiente para me pronunciar.
Prémios Reputação
Fiquei orgulhoso de ser amigo de uma consultora que conseguiu ganhar prémios quer na agência de onde saiu, quer na sua nova agência. Um talismã destes deve ser preservado a todo o custo, sobretudo por quem dá importância a prémios.
Em relação aos prémios, cá me parece que precisam de um gestor de reputação e assim acho que os mesmos serão um dos candidatos aos prémios do próximo ano, na categoria gestão de reputação.
Associação e espaço "Comunicadores"
Não fui o primeiro a falar de uma Associação de Consultores de Comunicação mas fui dos primeiros na sequência de um PR After Work. Não acredito muito numa Ordem, pois os imperativos legais impediriam muita gente de se inscrever. Mas numa Associação de Consultores que pudesse colocar os consultores acima das querelas do sector e que promovesse a profissão, isso acredito e defendo. Para quem, na APCE, respondeu, quando eu falei no assunto, dizendo que já existe essa associação, eu digo: Se assim fosse, então não haveria tanta gente deste mercado a desejar outra associação. Algo estará a falhar. Pensem mais no que está a falhar e menos na "concorrência" que poderia ser feita e pode ser que esta ideia "alternativa" caia por terra.
E um exemplo do que os consultores querem está patente no espaço "Comunicadores" no Facebook. Discutir o sector, com divergência de ideias mas com postura e nível.
Querelas (mais ou menos particulares)
Postura e nível é algo que não tenho visto por alguns lados. É pena. Estou-me nas tintas se faço parte do "Lado B", se sou sabujo ou solidário (postiço não que a farta cabeleira que apresento é mesmo verdadeira - também não tenho tido tempo de ir cortar...). Não me estou é nas tintas para o (des)nível que algumas "querelas" pessoais ou institucionais assumiram publicamente. Não beneficiam quem nelas participa. Não beneficiam o mercado. Quanto a quem nelas participa, quero lá saber. Não comento casos clínicos. Quanto ao mercado, já que me movo no mesmo, se não se importam, se, ao contrário do que dizem, não conseguem fazer, pelo menos não desfaçam...
E vamos lá a ver se não me remeto ao silêncio durante tanto tempo. É que depois tenho que me lembrar de demasiadas coisas. Mas não prometo nada...
"Caso Ensitel"
Não vou comentar o "caso" propriamente dito. Sobre isso já muito foi dito. Mas não posso deixar de comentar algumas reacções do mercado ao mesmo:
1- Foi divertido ver uma série de profissionais desta área a escreverem sobre o assunto para ver se a conta ainda lhes caia na carteira. E foram tantos...
2 - Alguns profissionais, apesar de "peritos" em redes sociais e afins, não percebem que é miopia dizer que o caso só ganhou aquele impacto porque quem o levantou é uma famosa blogger nacional. Meus caros, a força das redes sociais é precisamente dar poder de denuncia ao "comum anónimo". O facto de ser uma famosa blogger deu réplicas mais fortes. Mas há estruturas que caem com terramotos mais fracos. E esses podem vir de qualquer lado. Não só dos bloggers famosos...
3 - Foi tristemente divertido ver alguns consultores a analisar este caso como uns que viveram no passado, na perspectiva de que nada mudou entretanto. Eu também já lidei com crises com pessoas mortas e afins. Mas sei que o mundo mudou e, espero, a forma como analiso estes casos também. É pena perceber que não é assim para todos...
4 - Alguém sabe se a Ensitel desceu nas vendas? Gostava de saber se o "terramoto" foi assim tão violento.
Doutores
Gostei de ver o surgimento dos Doutores. Ou melhor, do SpinDoutor (que não sou eu, nem teria a capacidade de o ser - está demasiado bem informado: resposta a quem já me perguntou isso). O mercado quer-se agitado? (como ele me perguntava) Não sei. Mas participado, e com humor, quanto a isso, não tenho dúvidas. Quanto às "réplicas" (sim, também neste ponto escrevi "réplicas") não tenho acompanhado o suficiente para me pronunciar.
Prémios Reputação
Fiquei orgulhoso de ser amigo de uma consultora que conseguiu ganhar prémios quer na agência de onde saiu, quer na sua nova agência. Um talismã destes deve ser preservado a todo o custo, sobretudo por quem dá importância a prémios.
Em relação aos prémios, cá me parece que precisam de um gestor de reputação e assim acho que os mesmos serão um dos candidatos aos prémios do próximo ano, na categoria gestão de reputação.
Associação e espaço "Comunicadores"
Não fui o primeiro a falar de uma Associação de Consultores de Comunicação mas fui dos primeiros na sequência de um PR After Work. Não acredito muito numa Ordem, pois os imperativos legais impediriam muita gente de se inscrever. Mas numa Associação de Consultores que pudesse colocar os consultores acima das querelas do sector e que promovesse a profissão, isso acredito e defendo. Para quem, na APCE, respondeu, quando eu falei no assunto, dizendo que já existe essa associação, eu digo: Se assim fosse, então não haveria tanta gente deste mercado a desejar outra associação. Algo estará a falhar. Pensem mais no que está a falhar e menos na "concorrência" que poderia ser feita e pode ser que esta ideia "alternativa" caia por terra.
E um exemplo do que os consultores querem está patente no espaço "Comunicadores" no Facebook. Discutir o sector, com divergência de ideias mas com postura e nível.
Querelas (mais ou menos particulares)
Postura e nível é algo que não tenho visto por alguns lados. É pena. Estou-me nas tintas se faço parte do "Lado B", se sou sabujo ou solidário (postiço não que a farta cabeleira que apresento é mesmo verdadeira - também não tenho tido tempo de ir cortar...). Não me estou é nas tintas para o (des)nível que algumas "querelas" pessoais ou institucionais assumiram publicamente. Não beneficiam quem nelas participa. Não beneficiam o mercado. Quanto a quem nelas participa, quero lá saber. Não comento casos clínicos. Quanto ao mercado, já que me movo no mesmo, se não se importam, se, ao contrário do que dizem, não conseguem fazer, pelo menos não desfaçam...
E vamos lá a ver se não me remeto ao silêncio durante tanto tempo. É que depois tenho que me lembrar de demasiadas coisas. Mas não prometo nada...
Friday, January 14, 2011
Nota
Apesar de, nos últimos tempos não parecer...
Thursday, December 23, 2010
Voltar a acreditar
Na minha tenra idade (odeio esta expressão pois faz-me lembrar talhos e afins, mas já a escrevi e não vou apagar) acreditava naquela personagem de barbas brancas e vestuário vermelho (ainda era suficientemente inocente para não saber do melhor product placement e/ou endorse da história). Porque o mesmo representava algo de bom. E não eram só as prendas associadas a essa personagem. Era todo o valor da oferta, enquanto acto de dar.
Nos dias de hoje apetece-me voltar a acreditar. Não só no Pai Natal, como num mercado em que as coisas funcionem pelo valor de cada um, em Clientes que entendam e remunerem convenientemente a nossa actividade, num mundo com pagamentos atempados (e não a 60/90/120/150/180/etc dias), num mundo em que os concursos o sejam realmente e não sirvam apenas para baixar preço à empresa actual e angariar ideias no mercado, num mundo onde a palavra crise seja o papão que utilizamos para fazer com que as crianças comam a sopa.
Eu sei que há aqui coisas que são mais difíceis de acreditar que no Pai Natal. Mas apetece-me acreditar que possam ser possíveis. Por isso, e pelo que o senhor das barbas brancas representa, continuo a querer acreditar.
A todos os leitores deste blogue, um MUITO FELIZ NATAL!!!
Nos dias de hoje apetece-me voltar a acreditar. Não só no Pai Natal, como num mercado em que as coisas funcionem pelo valor de cada um, em Clientes que entendam e remunerem convenientemente a nossa actividade, num mundo com pagamentos atempados (e não a 60/90/120/150/180/etc dias), num mundo em que os concursos o sejam realmente e não sirvam apenas para baixar preço à empresa actual e angariar ideias no mercado, num mundo onde a palavra crise seja o papão que utilizamos para fazer com que as crianças comam a sopa.
Eu sei que há aqui coisas que são mais difíceis de acreditar que no Pai Natal. Mas apetece-me acreditar que possam ser possíveis. Por isso, e pelo que o senhor das barbas brancas representa, continuo a querer acreditar.
A todos os leitores deste blogue, um MUITO FELIZ NATAL!!!
Thursday, December 16, 2010
Saldo do aniversário
Ontem tive a honra e privilégio de contar com a participação de sete dos bloggers que mais admiro na blogosfera nacional da área da comunicação. Foi feito um oitavo convite mas, infelizmente, não lhe foi possível contribuir. Haveria outros autores a convidar? Certamente que sim. Mas estes são os que mais acompanho e o critério foi esse. A vida é feita de escolhas e esta foi a minha.
O tema proposto para este aniversário foi a importência da blogosfera desta área para a afirmação do sector da comunicação/relações públicas. E todos os contributos foram um importante ponto de reflexão para a área. Desde os desabafos de falta de espírito de "costureira", até à pena de não haver mais profissionais a escrever e maior dinamização dos blogues existentes, passando pelo jardim das RP e pela certeza que "comunicar é preciso" e que nós, os profissionais da área, somos e deveremos ser ainda mais interventivos, tivemos sete opiniões diferentes na forma, mas com um sentido comum.
Disse-me o Ricardo Salvo, amigo de longa data e profissional de mão cheia, que "há um conjunto de blogues que lá vão conseguindo unir da forma possível o sector". É verdade. Há. Vários blogues até. Não menosprezando as opiniões pessoais de cada um e as picardias/polémicas necessárias para "apimentar" a nossa presença neste mundo, sinto que há uma vontade de unidade dos profissionais do sector. E basta ver o sucesso que a iniciativa PR After Work tem. A blogosfera do sector, por norma, reflecte essa vontade. Daí a reflexão, a pedagogia, a transmissão da experiência que é possível observar. E que ficou patente nos sete contributos publicados.
Para além do seu contributo, a Alda, o Rui, o Rodrigo e o António, ainda me presentearam com referências nos seus próprios blogues. A todos eles o meu redobrado Obrigado!
A tarefa de manter um blogue a solo nem sempre é fácil. Mas com parceiros de profissão e de blogosfera assim é fácil reunir a motivação para continuar.
Como dizia a Alda, "Escrevam mais. Os blogs são território natural das Relações Públicas. E a influência, visibilidade e relevância do sector depende muito do que os seus profissionais escrevem e partilham com o mercado."
Deste lado têm um leitor assíduo.
O tema proposto para este aniversário foi a importência da blogosfera desta área para a afirmação do sector da comunicação/relações públicas. E todos os contributos foram um importante ponto de reflexão para a área. Desde os desabafos de falta de espírito de "costureira", até à pena de não haver mais profissionais a escrever e maior dinamização dos blogues existentes, passando pelo jardim das RP e pela certeza que "comunicar é preciso" e que nós, os profissionais da área, somos e deveremos ser ainda mais interventivos, tivemos sete opiniões diferentes na forma, mas com um sentido comum.
Disse-me o Ricardo Salvo, amigo de longa data e profissional de mão cheia, que "há um conjunto de blogues que lá vão conseguindo unir da forma possível o sector". É verdade. Há. Vários blogues até. Não menosprezando as opiniões pessoais de cada um e as picardias/polémicas necessárias para "apimentar" a nossa presença neste mundo, sinto que há uma vontade de unidade dos profissionais do sector. E basta ver o sucesso que a iniciativa PR After Work tem. A blogosfera do sector, por norma, reflecte essa vontade. Daí a reflexão, a pedagogia, a transmissão da experiência que é possível observar. E que ficou patente nos sete contributos publicados.
Para além do seu contributo, a Alda, o Rui, o Rodrigo e o António, ainda me presentearam com referências nos seus próprios blogues. A todos eles o meu redobrado Obrigado!
A tarefa de manter um blogue a solo nem sempre é fácil. Mas com parceiros de profissão e de blogosfera assim é fácil reunir a motivação para continuar.
Como dizia a Alda, "Escrevam mais. Os blogs são território natural das Relações Públicas. E a influência, visibilidade e relevância do sector depende muito do que os seus profissionais escrevem e partilham com o mercado."
Deste lado têm um leitor assíduo.
Subscribe to:
Posts (Atom)