Sou um "méritocrata". Assumido. Não desvalorizando a experiência, que prezo muito, sempre defendi que a antiguidade não é posto e que alguém que se afirme pelo seu mérito e profissionalismo deve ser destacado.
Infelizmente ainda há quem considere esta minha visão como uma afronta e que defenda a cultura da mediocridade, recompensando quem não o merece, apenas porque está há mais tempo na organização. Se está e precisa de afirmar isso para se afirmar (passe a redundância) é porque, claramente, não tem o mérito para lá estar.
É por isso que sempre achei que a sucessão "natural" só deverá ser feita se o sucessor demonstrar mérito para tal. Foi o que aconteceu na Sonae. Poucos duvidarão que Paulo Azevedo não seja um gestor de excelência e que, naturalmente, é o melhor sucessor para Belmiro de Azevedo. Assim como poucos não considerarão Luís Palha da Silva uma excelente escolha para CEO na Jerónimo Martins, a avaliar pelos resultados do Grupo. Dois grupos de cariz "familiar" mas profissionais que tomaram opções diferentes na sucessão dos seus líderes "históricos".
E o panorama empresarial português tem vários exemplos onde esta sucessão "méritocrata" aconteceu. Também tem vários exemplos onde isto não aconteceu, e cujos resultados são visíveis.
Coerente com esta minha visão "méritocrata" nas instituições, sempre privilegiei quem demonstra capacidade, independentemente do cargo que ocupa, seja estagiário, gestor ou director.
Bem e porquê esta conversa? Para dizer que não vale a pena enviarem-me "convites" para grupos monárquicos no Facebook. Desculmpem-me mas, como disse aqui, não me revejo em sucessões naturais sem demonstração de mérito. E como o mérito do sucessor infelizmente não advém obrigatoriamente do mérito de quem é sucedido, prefiro ter a oportunidade de poder escolher quem considero com mais mérito para o lugar (mesmo que não ganhe).
Friday, March 26, 2010
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