O Vinho do Porto é um dos nossos produtos mais característicos e reconhecidos internacionalmente. Não sendo A "marca Portugal", ajuda, claramente, a transmitir uma imagem de Portugal.
É por isso que li com grande apreensão o artigo do Rui Falcão no suplemento Fugas do Público deste fim de semana. Escreve Rui Falcão no seu lead que «Jay Miller, responsável único na Wine Advocate de Robert Parker pela crítica de vinho do Porto, ainda não teve tempo, em três anos de cargo, de provar qualquer exemplar de Vinho do Porto - apesar de já ter tido ocasião de pontuar dois vinhos australianos do estilo Porto... com a classificação máxima de 100 pontos!»
Mais grave sabendo que a Wine Advocate tem o poder de marcar o sucesso ou insucesso de um vinho, ou toda uma gama de vinhos, sobretudo no mercado norte-americano.
Nacionalmente está-se a assistir a uma vaga de apoio à produção nacional. "Consuma o que é Português". Louvável. Mas não faria sentido darmos atenção à promoção de um produto distintivo da nossa produção a nível internacional? Não faria sentido alocar algum orçamento para divulgar e defender a imagem do nosso Vinho do Porto?
A situação a que Rui Falcão se refere é escandalosa. Temos um suposto "especialista" de Vinhos do Porto que nunca provou um. Mas que já destacou com a classificação máxima dois vinhos australianos "do estilo Porto". A Casa do Douro ou o AICEP não têm legitimidade para contactar Jay Miller e defender o produto original? Chama-se acção one-to-one e não creio que fosse tão difícil de implementar.
Tuesday, January 26, 2010
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