Nos últimos anos tenho feito vários media tranings a vários Clientes. Em todas as sessões, quer teóricas, quer práticas, nunca me tinha lembrado de sugerir esta técnica. Isto é um verdadeiro "Ovo de Colombo".
Não se entende. Um deputado aceita dar uma entrevista. Não tenta "negociar" o(s) tema(s) com os jornalistas previamente? Ou, pelo menos, perceber o âmbito da mesma?
Um entrevistado não se prepara para uma entrevista que acedeu dar?
Uma pessoa faz tudo o que atrás escrevi e, mesmo assim, é surpreendido com questões mais incómodas e não sabe remeter-se ao silêncio? Não sabe informar que, tendo em conta o rumo da conversa, a mesma termina ali?
Há várias formas de "evitar" este tipo de situações. A escolhida não podia ser pior. A repercussão do acto não pode ser justificada com "violência psicológica". Quem não está preparado para o jogo não vai para o campo. Treina mais. Se vai a jogo, tem que estar preparado para as consequências.
Houve, claramente, uma falha de aconselhamento. Ou, pior, uma presunção inacreditável e uma tentativa de brilhantismo que correu mal.
Espero que o "episódio" faça reflectir muita gente. E que faça perceber que o jogo mediático tem destas coisas. Para o melhor e para o pior. E que mais vale o silêncio a situações perfeitamente ridículas. Preparem-se, senhores entrevistados. Peçam conselhos. Treinem. Ou então recusem a entrevista.
Senão ainda vamos passar a ter aquilo que o João Cândido da Silva chama Jornalismo de Cordel.
Thursday, May 06, 2010
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