O "Comunicações ou Não" é uma experiência a solo na blogosfera da área da comunicação. Como "tudo é comunicação", apesar de ser um local para reflexão sobre o mercado da comunicação, poderão existir incursões por outras áreas.

Tuesday, February 22, 2011

Notas soltas (por causa de ausência prolongada)

Há muito tempo, demasiado tempo para a blogosfera, que não vinha aqui. Não que não tenha acompanhado o que se anda a passar no mercado. Mas porque valores mais altos se levantaram e não me arrependo nada de não ter tido tempo para este espaço. Só que essa ausência prolongada fez com que não me tenha sido possível comentar algumas coisas que mereciam o meu comentário. Assim, em perspectiva, aqui vão algumas notas soltas:

"Caso Ensitel"
Não vou comentar o "caso" propriamente dito. Sobre isso já muito foi dito. Mas não posso deixar de comentar algumas reacções do mercado ao mesmo:
1- Foi divertido ver uma série de profissionais desta área a escreverem sobre o assunto para ver se a conta ainda lhes caia na carteira. E foram tantos...
2 - Alguns profissionais, apesar de "peritos" em redes sociais e afins, não percebem que é miopia dizer que o caso só ganhou aquele impacto porque quem o levantou é uma famosa blogger nacional. Meus caros, a força das redes sociais é precisamente dar poder de denuncia ao "comum anónimo". O facto de ser uma famosa blogger deu réplicas mais fortes. Mas há estruturas que caem com terramotos mais fracos. E esses podem vir de qualquer lado. Não só dos bloggers famosos...
3 - Foi tristemente divertido ver alguns consultores a analisar este caso como uns que viveram no passado, na perspectiva de que nada mudou entretanto. Eu também já lidei com crises com pessoas mortas e afins. Mas sei que o mundo mudou e, espero, a forma como analiso estes casos também. É pena perceber que não é assim para todos...
4 - Alguém sabe se a Ensitel desceu nas vendas? Gostava de saber se o "terramoto" foi assim tão violento.

Doutores
Gostei de ver o surgimento dos Doutores. Ou melhor, do SpinDoutor (que não sou eu, nem teria a capacidade de o ser - está demasiado bem informado: resposta a quem já me perguntou isso). O mercado quer-se agitado? (como ele me perguntava) Não sei. Mas participado, e com humor, quanto a isso, não tenho dúvidas. Quanto às "réplicas" (sim, também neste ponto escrevi "réplicas") não tenho acompanhado o suficiente para me pronunciar.

Prémios Reputação
Fiquei orgulhoso de ser amigo de uma consultora que conseguiu ganhar prémios quer na agência de onde saiu, quer na sua nova agência. Um talismã destes deve ser preservado a todo o custo, sobretudo por quem dá importância a prémios.
Em relação aos prémios, cá me parece que precisam de um gestor de reputação e assim acho que os mesmos serão um dos candidatos aos prémios do próximo ano, na categoria gestão de reputação.

Associação e espaço "Comunicadores"
Não fui o primeiro a falar de uma Associação de Consultores de Comunicação mas fui dos primeiros na sequência de um PR After Work. Não acredito muito numa Ordem, pois os imperativos legais impediriam muita gente de se inscrever. Mas numa Associação de Consultores que pudesse colocar os consultores acima das querelas do sector e que promovesse a profissão, isso acredito e defendo. Para quem, na APCE, respondeu, quando eu falei no assunto, dizendo que já existe essa associação, eu digo: Se assim fosse, então não haveria tanta gente deste mercado a desejar outra associação. Algo estará a falhar. Pensem mais no que está a falhar e menos na "concorrência" que poderia ser feita e pode ser que esta ideia "alternativa" caia por terra.
E um exemplo do que os consultores querem está patente no espaço "Comunicadores" no Facebook. Discutir o sector, com divergência de ideias mas com postura e nível.

Querelas (mais ou menos particulares)
Postura e nível é algo que não tenho visto por alguns lados. É pena. Estou-me nas tintas se faço parte do "Lado B", se sou sabujo ou solidário (postiço não que a farta cabeleira que apresento é mesmo verdadeira - também não tenho tido tempo de ir cortar...). Não me estou é nas tintas para o (des)nível que algumas "querelas" pessoais ou institucionais assumiram publicamente. Não beneficiam quem nelas participa. Não beneficiam o mercado. Quanto a quem nelas participa, quero lá saber. Não comento casos clínicos. Quanto ao mercado, já que me movo no mesmo, se não se importam, se, ao contrário do que dizem, não conseguem fazer, pelo menos não desfaçam...

E vamos lá a ver se não me remeto ao silêncio durante tanto tempo. É que depois tenho que me lembrar de demasiadas coisas. Mas não prometo nada...

1 comment:

Pedro Faleiro said...

Caro Telmo,

Excelente regresso. Abraço